Pra mim, frustração é não ter a certeza de que dei o meu melhor todos os dias.
Se o resultado não vem, ou se as pessoas não cumprem o prometido, é o que é.
Porque eu não sou capaz de controlar os outros — só a mim mesmo e os aspectos que posso controlar.
Se o resultado não vem como esperado, ou não é justo, talvez eu tenha que ajustar a rota.
Loucura é fazer as mesmas coisas esperando resultados diferentes.
Veja — pelo prometido, era pra minha mãe parcelar o meu iPhone 16 Pro Max no cartão dela este mês.
Eu disse pra ela, elaborei o planejamento financeiro de como pagá-lo — e ressaltei:
Se eu não merecer, pode não comprar.
Mas se eu merecer e você não comprar, é você com sua consciência, mãe.
E isso só é possível se eu der o meu melhor a cada dia. Porém, se ela não cumprir, em vez de me ressentir, simplesmente vou juntar o dinheiro previsto mensalmente para comprar à vista
O dEUS QUE DESCANSOU
Deus não é Deus à toa.
Ele compreendeu a necessidade de descansar um dia — e eu percebi isso agora.
Existe na internet aquele desafio que todos dizem que é “hard”, que se popularizou: os tais 75 dias.
Bom, eu não vou detalhar como era.
Só que eu não fiz por 75…
Mas por mais de 90.
Muito mais que o dobro do desafio.
E só agora eu cheguei à maturidade de entender que descansar faz parte do processo.
Lazer e prazer também.
Saber descansar e ter prazer aumenta ainda mais o fato de eu ser interessante — e de aproveitar a vida.
Ora, os vícios surgem neuroquimicamente no cérebro no mesmo lugar que os hábitos.
Então é bom tornar de um hábito positivo, um vício.
Esse entendimento — de grande estilo nietzscheano — de equilibrar meu lado dionisíaco com o apolíneo é fruto e efeito da minha vontade de potência.
E não é inteligente extirpá-la pra viver bem.
Afinal de contas, só se vive uma vez.
É importante aproveitar a vida também.
Não quero ser o mais sábio, o mais culto ou o mais forte do cemitério.
Mas se eu viver cada dia com inteligência, saúde e sabedoria,
a vida vai valer a pena ser vivida.
Mesmo que alguma eventualidade aconteça, minha consciência estará tranquila
— porque eu tomei todas as precauções e rotinas para minimizar os riscos.
E se acontecer…
Eu não vou me frustrar.
Vou aceitar.
Como dizia Riobaldo, na pena de Guimarães Rosa:
“Viver é muito perigoso.”