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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

EU NUNCA MAIS VOLTAREI A SER GORDO


 

DAVELEDAVE.RECANTODASLETRAS.COM.BR


 

A LÓGICA DOS DERROTADOS

As pessoas têm uma tendência derrotista e perversa: quando furam a dieta ou cometem algum deslize, simplesmente desistem. Dizem coisas como: “Ah, já errei mesmo…”, como se isso justificasse abandonar todo o processo.

 

Mas a verdadeira força está em transformar o erro em aprendizado, em esculpir a falha até que ela se torne parte da sua fortaleza.

 

É como se, ao furar o pneu do carro, alguém dissesse: “Já que furou um, vou furar os outros três…”

 

Não, cara. Você vai lá, troca o pneu e continua sua viagem até o destino que escolheu. Simples assim.

 

 


 

A FORÇA QUE VEM DA DISCIPLINA

Os hábitos e a consistência serão meus maiores aliados contra a minha genética — essa maldição programada para acumular gordura abdominal, para ceder às tentações fáceis das comidas hiperpalatáveis e dos prazeres rasteiros.

 

Mas eu reajo. Dieta rigorosa e controlada. Agenda. Inconformismo. Rejeição absoluta à mediocridade.

 

Ser reconhecido como alguém de excelência e autocontrole. Ser exemplo. Gostar, sim, de dar lição de moral. Inspirar pela minha imagem — cuja base é o desenvolvimento pessoal, a estética, a saúde… e agora também o prazer.

 


 

ENTRE EUDAMONIA E HEDONISMO

Descobri que há dois tipos de prazer: os intrínsecos e os extrínsecos — ou, em termos filosóficos, os eudaimônicos e os hedônicos.

 

O que me faz buscar um ou outro? Meu objetivo. O meu próprio bem e mal. Não uma regra moral externa, imposta.

 

O prazer intrínseco é aquele que nos é naturalmente prazeroso, sem depender de algo externo — resultado direto da nossa biologia, da seleção evolutiva: comer, dormir, caminhar, correr, exercitar-se, alimentar-se bem. Até mesmo a masturbação.

 

O prazer extrínseco está no amor, na beleza, na cultura, no sexo, na estética. Pode ser eudaimônico — com propósito, com sentido — ou apenas hedonista: algo superficial, superluxuoso, que se esgota no instante do gozo.

 


 

PRAZER COMO RECOMPENSA DO PROCESSO

Aprendi que o prazer intrínseco e eudaimônico me ajuda a recompensar o processo. Ele alivia a mente para que eu cumpra meus objetivos — seja por três meses, três anos ou três décadas.

 

E os erros? São experiências. Matéria-prima de lapidação.

 

Planejamento. Constância. Estratégia. Metas. Agenda. Pilares.

 

E, sim, equilíbrio: a famosa proporção 80/20. Sei que, se eu ultrapassar esse limite, sofrerei as consequências — e tudo ficará mais difícil.

 

Mas os hábitos angulares, a disciplina, e a motivação de produzir beleza e cultura por meio da minha própria imagem… esses me levam adiante.

 


 

UMA NATUREZA NÃO KANTIANA, MAS NIETZSCHEANA

A cada dia me torno mais sábio. Mais experiente. Compreendo minha natureza — que talvez não seja boa no sentido kantiano, mas é boa no sentido nietzscheano. Forte. Autêntica. Gentil, acima de tudo.

 

É essa consistência planejada que me faz afirmar com convicção:

 

Eu nunca mais vou ser gordo. Nunca mais vou voltar àquela vida pregressa.

 


 

UM CORPO COMO CARTA DE AMOR

Faço isso para mostrar o meu nível de disciplina. Mas também faço por ela — por uma namorada ainda hipotética — para que ela veja que sou capaz de sentir prazer, que tenho senso estético apurado.

 

Para que ela perceba que nunca precisará de nada que eu não possa oferecer.

 

Em todos os sentidos.

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 02/08/2025
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