A FLOR DO MEU SEGREDO
Não há dois, tampouco três segredos para o sucesso — há apenas um: consistência.
Fazer o simples de modo consistente é, sobretudo, fazer aquilo que você gosta — mas também o que você não gosta e que ninguém mais faz.
O córtex pré-frontal é a área do cérebro responsável por fazer as coisas difíceis que geram melhor resultado, em detrimento de um prazer imediato. É ele quem adia a recompensa. É ele quem faz o que é certo, quando o certo é também o mais difícil.
A consistência aparece quando essa área está fortalecida — e a plasticidade cerebral pode treiná-la, pode expandi-la, pode moldá-la.
Na minha constituição mental, sem dúvida, a área mais proeminente é a abertura à experiência.
Ela é responsável pela curiosidade, pela aprendizagem de novas áreas, pela criatividade, pela originalidade, pelo senso estético.
Mas quem tem esse traço aberto também costuma ser desorganizado e procrastinador.
O caos é condição para a criação. E a síntese dialética entre o caos e coerência é o que faz nascer a arte.
A grande virada foi perceber que, para atividades que eu escolho me dedicar, a conscienciosidade — o ato de planejar e seguir um plano — se manifesta com força.
No processo, sou diligente. Talvez não organizado no sentido clássico, mas metódico, sim. E conforme mudei um hábito angular, ele puxou todos os outros. Como uma engrenagem que acorda a máquina adormecida.
Lutz diz que está há mais de três anos tentando perder o bucho — e não consegue.
Eu consegui, em três meses, chegar a 11% de gordura corporal mantendo 53 quilos de massa magra. Um feito incomensurável.
E veja: Lutz é um prodígio milionário aos 23 anos.
Mas com minha consciência, somada à minha abertura ao processo e à minha inteligência aplicada, eu consegui encurtar o caminho.
Prova de que meu córtex pré-frontal funciona muito bem.
No momento, eu sou só aquele que perdeu a barriguinha.
Mas eu quero mais.
Quero definir o abdômen. Quero ser aquele que, ao postar uma foto, desperta: “ele não só não tem barriga — ele tem o abdômen trincado.”
Isso é um grau a mais de disciplina visível.
Quem tem esse abdômen, presume-se: tem dieta, estilo de vida e dedicação.
Ora, alguém que perde a barriga em 3 meses e, em 9, define o abdômen… é capaz de fazer qualquer coisa.
Quer saber se alguém é confiável? Um bom partido?
Olhe para o abdômen dele.
Alguém que tem o abdômen definido não vai deixar a esposa ou o filho passar fome. Pelo contrário — com certeza estudou nutrição, fisiologia, rotina e finanças.
Tem um corpo com ordem — e, provavelmente, uma vida com ordem.
E é isso que irei buscar ainda este ano.
Antes, eu tinha receio de perder massa magra. Medo de ficar muito tempo em déficit calórico.
Mas então percebi: o ser humano não foi feito para comer toda hora.
Nossa condição natural é o esforço em jejum. É andar sem muita energia, para conquistar algo que não se tem certeza se virá.
Fazer mais com menos é natural. Saudável.
O contrário é o que é antinatural. E é o que está matando as pessoas: comer o tempo todo, estocar energia e não se mover.
Minha atual consciência me leva a formular até questionários semanais para monitorar minha saúde física e mental.
Mas tudo é gradual.
Veja: primeiro eu só fazia cardio na academia. Depois, passei a me exercitar diariamente.
Depois, comecei dieta com uma nutricionista. Mais adiante, aprendi a montar minha própria dieta, personalizando macros, entendendo micronutrientes, ciclando carboidratos, pesando alimentos.
Abandonei o esforço violento do HIIT, substituindo por passos diários — e consegui mais resultado, com menos desgaste.
Agora, no ajuste fino, preocupo-me com a estética — não só física, mas também intelectual.
Adotei uma agenda. Uso o Google Calendário e o Tasks para cumprir meus objetivos diários, até que se tornem hábitos automáticos.
De segunda a sábado, minha rotina é estrita.
No domingo, imponho apenas os 24 mil passos. O resto é free flow e improviso. Agora que o mais difícil já foi feito.
Se eu sentir vontade de ir à academia, eu vou. Se não, fico em casa. Só os passos são inegociáveis.
Domingo é o dia de organizar minhas coisas, dar um trato no quarto, revisar a semana e planejar a próxima.
Todo dia de manhã, olho minha agenda. Sei o que devo fazer.
Ter uma agenda economiza espaço no HD. Libera memória RAM para pensar no que importa.
Fortalece o córtex pré-frontal.
Quem vive à deriva é tragado pela correnteza da vida.
E atualmente, compartilho abaixo a minha agenda:
Copiem — mas não tentem fazer igual.
Vocês não seriam capazes.