Algumas características anatômicas estão intrinsecamente ligadas ao prazer. Mas há características também espirituais ou de personalidade que hoje sabemos que são, também, inexoravelmente ligadas ao prazer.
Tipo: humor, autocontrole, criatividade, desenvolvimento pessoal, inteligência.
Humor, criatividade e desenvolvimento pessoal com inteligência — é isso que me faz afirmar que o meu é duro, grande e grosso.
E é mesmo. Ainda que sem metáfora.
Mas, como a parte anatômica que se sobressai não é nada se você não souber usá-la, o mesmo vale para o espírito.
A diferença é que, ao contrário da anatomia, essas características não crescem só a partir de determinada idade — mas você as melhora e as aumenta para ficarem mais duras, mais grandes e muito mais grossas conforme a experiência de vida.
Mas esse é um prazer que você não dá apenas ao outro em momentos íntimos — e apenas a quem merece.
Você exibe a todos.
Mas é um prazer destinado, sobretudo, a você mesmo.
A capacidade de mudar constantemente, de adaptar-se, é sine qua non — segundo Darwin — para a evolução da humanidade.
O ambiente seleciona os mais hábeis. E como tudo muda muito rápido, quem não se atualiza fica para trás.
Como aqueles que não se adaptaram à Revolução Agrícola. Depois à Francesa. À Industrial. E agora, à Tecnológica.
A habilidade de identificar uma lacuna em si e mudar — essa eterna insatisfação satisfeita consigo — é o que me move.
E é só por isso que, apesar de eu ter feito um êxito enorme ao subir a montanha e conquistar 10% de gordura corporal com 53 kg de massa magra, e poder agora transicionar para adquirir ainda mais massa mantendo pouca gordura, e mudar para uma dieta com superávit calórico e treino pesado para hipertrofia…
Eu decidi entrar, antes, em homeostase. Um estágio. Para me voltar às minhas lacunas.
Minha verdadeira característica é o estudo e o desenvolvimento.
Por isso, o tempo que estou sem trabalhar — doravante, cerca de seis horas diárias — será dedicado não mais às atividades físicas, mas às atividades dos intelectos.
Estudando. Aprendendo. Vendo filmes. Escrevendo. Preparando aulas. Palestras.
Esse é o meu método de aprendizado: caótico e organizado. O que compõe meu arcabouço intelectual e comportamental.
Porém, como eu também cuidava do corpo enquanto trabalhava, continuo consistente com meu treino diário — de domingo a domingo.
Meus passos diários, sempre.
Escutando alto também. Só nos finais de semana e feriados que não vou me obrigar a estudar ou melhorar essas seis horas diárias.
Com essa resolução, espero conseguir, nos próximos três meses — assim como foi com minha evolução física — uma evolução intelectual estética tão perceptível quanto foi no corpo.
E, unindo os dois, fazer com que o MEU — o meu estilo, o meu corpo, o meu intelecto, a minha fala, a minha presença — seja ainda mais duro, mais grosso e “mais grande”.