Porque eles são muitos.
Ao ver uma postagem de uma médica no Instagram, me deparei com os comentários abaixo.
O único comentário lúcido é o meu — e fui até gentil diante da gravidade do problema — porque comentários assim diminuem tanto a profissional quanto nós, como seres humanos.
Na minha percepção, como ser humano em que o desenvolvimento pessoal tem a maior importância, onde os outros veem abismos, precisando de muletas metafísicas pra viver, eu, no meu materialismo estrito, vejo a salvação.
A consciência de que só tenho essa existência pra viver, e que tenho que dar tudo de mim para viver o melhor possível, é o que me norteia. Enquanto eu puder contar só comigo, eu estarei bem. E se dei o meu melhor, qualquer malfadado é culpa do destino — mas não vou culpar. Trabalharei pra melhorar.
Acho incrível como as pessoas se escoram nos outros pra viver. Pra fazer tudo: treinar, assistir a um jogo, ir ao cinema… Não se pode atrelar seus objetivos e paixões a outra pessoa, porque — quando ela não puder estar com você — você deixará de fazer?
Mesmo acompanhado, estou sempre só. E não sou muleta de ninguém. Mas sou um tronco numa correnteza: quem quiser se agarrar em mim pra se salvar, que faça. Mas não se apoie em mim.
Tudo está na cabeça. Na mentalidade de evolução. Carol Dweck chamaria de “mindset de crescimento”, ao contrário do mindset fixo, de achar que já sou inteligente, ou de uma crença central que me paralise.
A única constante é a mudança. E eu tento controlar evoluindo.
E eu sou chato, cara. Começo meu dia às 6h e termino às 21h. Durante esse período, só fico parado umas quatro horas. Não saio da dieta além do planejado. Gratifico o processo. E, se ando três horas por dia, são três horas consumindo conteúdo, aprendendo, lendo, vendo filmes… com uma constância absurda — e até irritante.
Um dia a mais. Um dia mais que treinei, aprendi, escrevi, refleti. Num eterno retorno evolutivo. Assim, pouco a pouco, um por cento melhor a cada dia.
Ninguém vai me parar.
Nos feriados, nos dias mortos — 24 de dezembro, 21 de dezembro, 1º de janeiro — enquanto uns se empanturram, eu comerei dentro das calorias planejadas. Mas continuarei com minha rotina.
E, nesse dia, eu estarei em paz. Porque saberei que, enquanto outras pessoas estão fazendo cagadas, dormindo mal, bebendo, fumando, usando drogas… eu estou seguindo o plano. Seguindo o processo.
E é por isso que, pra nós que fazemos do simples uma excelência, não há concorrência.