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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

SE QUERO ALGUÉM ESPECIAL, DEVO SER ESPECIAL



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O AMOR COMO DEPENDÊNCIA

O amor se parece com o vício em muitos sentidos. Distorção da realidade, afunilamento da atenção destinada a uma única pessoa, motivação voltada a um só objetivo, etc., etc.

 

Sem dúvidas, quem demonstra eficiência em superar um vício, curar-se do amor e seguir a vida, torna-se fácil. Agora, quem sucumbe em um, muito provavelmente sucumbirá no outro.

 

É simbólico eu ter superado tanto um quanto outro. O que não é simbólico é eu ter virado sócio-torcedor do Palmeiras em 2025, quando venci a ambos — e ter começado a frequentar o estádio em 2015, quando comecei a ficar viciado em ambos.

 

E o fato de eu pretender ir a todos os jogos mostra essa mudança.

 


 

O MEDO DA REJEIÇÃO E O CONTROLE DE SI

O medo de rejeição amorosa tem a ver com a falta de confiança — autoconfiança, não propriamente no outro. Quanto mais eu me afirmo, sei das minhas capacidades, mais eu tenho que ter ansiedade de perder o outro? Patologicamente?

 

A rejeição pode ser transformada em vontade de mudança e superação. Mas também pode se transformar em ódio: pelo objeto que te rejeitou e por quem ela te rejeitou.

 

Na minha ética estoicista de focar só nos aspectos que posso controlar, eu me concentro sempre em mim mesmo — de só tentar superar hoje o homem de ontem.

 


 

A MULHER COMO FORÇA E FRAGILIDADE

Ranely Jr. já diria que o feminicídio é uma força e uma fraqueza da mulher.

 

Força, porque indica que a mulher teve força pra perceber e dizer não a um relacionamento. Fraqueza, porque ela se permitiu vincular em algum momento com um parceiro assim, e quando percebeu a tempo, já era tarde.

 

Com certeza a culpa é do assassino. Mas a vítima também tem culpa, infelizmente.

 


 

AUTOIMAGEM E AUTOENGANO

Autoconfiança não tem a ver necessariamente com aparência física, mas com autocontrole e autoconhecimento.

 

Conheço gordos obesos confiantes — sabe aqueles que andam com o peito e a pança estufados e com os brações balançando como se fossem os reis da raça da alimentação? Naquele contexto, eles são mesmo. Mas na academia, eles são pária social.

 

Eric Cartman, no seu negacionismo, dizia que tinha ossos largos e não era gordo. E, ao sofrer bullying, internalizou a dor na rejeição criando um nicho só de gordos — no qual ele virou o rei dos gordos e fez da obesidade mórbida algo “cool”.

 


 

O GORDO QUE COMIA TODO MUNDO

Conheci o Sinésio, fundador da Abrinq, dono de um organismo de certificação também. Bom… o conflito de interesses nunca foi problema sério no Brasil.

 

Ele devia pesar quase 200 quilos por ser gordo e alto. Corria-se a lenda de que ele comia todas as funcionárias dele. Digo, embora gordo, no sentido sexual mesmo, e não antropofágico.

Numa reunião, ele disse que havia o boato de que ele comia todo mundo. E, ao invés de negar, ele admitiu: “e como mesmo”.

 

A presença corpórea e física dele intimidava qualquer um. Bom… a mim, não. Mesmo com 21 anos, eu sabia meu lugar. Sóbrio. Ninguém me intimida.

 

Eu, que já li Kant, grandes obras do teatro, literatura, filosofia. De enorme cabedal intelectual, conhecimento técnico e emocional. Expert em cinema de arte e música.

 

Com 60 quilos e 54 de massa magra, BF de 11%.

 

A mim, nenhum obeso — por mais rico e bem-sucedido — jamais irá me intimidar.

 


 

NÃO QUERO SER EX-PECIAL

E assim eu pretendo ser especial. Já que pretendo, no futuro, ficar com alguém especial. Não ex-pecial.

 


 

A VIDA DE MERDA, DESDE QUE SEJA MINHA

Veja, alguns hipócritas atribuem meus méritos ao fato de eu ser “filhinho da mamãe”.

 

Mas, em sua hipocrisia, não admitem que seus pais pagaram seus apartamentos, seus casamentos, seus móveis opulentos, seus carros, sua vida nababesca, seus ensinos.

 

Tudo pra eles viverem a vida de merda que vivem atualmente. Sem originalidade própria. E sempre serão reflexo dos desejos de merda dos seus pais.

 

E nem eles mesmos, próprios, eles vão ser.

 

Eu prefiro viver uma vida de merda, contanto que seja minha.

 

Se for minha, eu uso a merda como adubo.

 

E aprendo a alquimia de transformar merda em ouro.

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 20/07/2025
Alterado em 20/07/2025
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