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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

COMO UMA MULHER DESSAS “NAMORA” UM CARA DESSES?



DAVELEDAVE.RECANTODASLETRAS.COM.BR


 

Esse desajuste de aparências entre homem e mulher muitas vezes é compensado por um fiel da balança que ajuda a amortecer: dinheiro, filhos, solidão, conveniência.

 

A princesa local, casada com o filho do dono do supermercado, atende todos esses atributos. Ela é bela, tem um corpo bonito, é elegante, sabe se portar. Se seu conteúdo corresponde à aparência, é improvável. Nunca falei com ela, exceto nos monossílabos do cotidiano. A chance de me decepcionar é grande — mas aí o problema é meu. Os outros são o que são.

 

O fato é que qualquer transeunte percebe: o único da redondeza que realmente combina com ela sou eu.

 

Apesar de eu ser moreno, ela era alva — branca como o pó que eu cheirava.

 

Talvez, justamente por esse meu passado, ela esteja com um cara nada a ver, sustentado pelo capital financeiro e filhos. E eu, que jamais disse uma frase com mais de três linhas pra ela, permaneço espectador.

 


 

O CHOQUE ENTRE APARÊNCIA E INTELIGÊNCIA

Quem vê esse meu metrossexualismo físico e intelectual pode até confundir com homossexualismo.

 

Acho engraçado alguém xingar outro de “gay”, como se fosse uma escolha gostar de fazer amor de costas — como se houvesse uma decisão consciente de ir contra a sociedade.

 

Ele não é livre para ser sodomita. Ele é sodomita.

 

Gays, ao menos, são mais educados. E, em média, mais inteligentes do que os héteros. Eu gosto dos gays. Só não me identifico com o modo como eles obtêm prazer.

 

E acho ótimo que pensem que eu sou gay — enquanto essa fama me ajudar a comer mais mulheres.

 

Quero ver quem é o gay quando eu estiver fazendo ménage com duas mulheres que esses caras jamais sonharam tocar.

 


 

O AMOR COMO ESTRATÉGIA SOCIAL

Outro ponto é como as mulheres manipulam os homens.

 

Elas acreditam que “fazer coisas juntos” une o casal. Como treinar na academia, por exemplo. Quem é capaz de sondar a cabeça de uma mulher e perceber — mesmo que ela não saiba — que o treino é só um pretexto?

 

Um álibi.

 

Um meio de ver outros homens, de flertar sob a aparência de pudor e inocência. Ótimo álibi, aliás, é dizer pro marido que está treinando “pra ficar mais gostosa pra ele”.

 

Ou pior: levar o próprio marido pra treinar, só pra ele parecer deslocado diante dos outros — com um percentual de gordura menor. É a domesticação estética do homem por motivação social.

 


 

O PRAZER ESTÁ NO RARO

Tudo que é cotidiano é banal. O que foge do convencional é sedutor.

 

O raro vale mais em qualquer sociedade. O que não está à disposição de todos é mais valioso. E sim: o tesão está diretamente relacionado com o que é raro.

 

É muito mais prazeroso fazer sexo com alguém com 12%, 10%, 8% de gordura corporal. Isso presume disciplina, vitalidade, força, potência. A simples estética comunica genética e valor.

 

Um homem com esse corpo dificilmente não terá mais vitalidade que o marido gordo, domesticado e resignado.

 

Mas o que é realmente sexy não é o corpo. É o que acontece depois do orgasmo. Quando as palavras ditas superam o prazer da genitália.

 

Quando o gozo transcende a carne e vira pensamento.

 

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 15/07/2025
Alterado em 15/07/2025
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