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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

RECANTO: UM ECOSSISTEMA DA MEDIOCRIDADE



DAVELEDAVE.RECANTODASLETRAS.COM.BR
 



MUITO COMENTÁRIO, POUCA LETRA

No Recanto, comenta-se muito e escreve-se pouco.

 

A lógica que impera ali — e em toda sociedade — é a da mediocridade dos medianos: os mornos, os que não se destacam em nada, que vivem em torno de si mesmos e da própria insignificância compartilhada.

 


 

RECOMPENSAS DE UM CÉREBRO DESORIENTADO

O problema da pessoa gorda é que, por não ter a motivação necessária para mudar, redireciona seu sistema de recompensa para a comida. É o mesmo mecanismo de quem é viciado em pornografia: por não conseguir transar, prefere abrir o Xvideos — bem mais fácil.

 

Eu mesmo, que já fui viciado em pó, entendo. Até mudar. E curioso: era quando eu mais transava e menos comia (comida, rs). Hoje eu como muito (comida) e mudo muito.

 


 

O COMBUSTÍVEL INVISÍVEL

Meu maior incentivo é a inveja e o recalque. Gente que pergunta: “Como parece tão fácil pra ele, que nem se esforça?”

 

E de fato, pra mim, não é esforço. Eu nem suo. Isso porque meu comportamento médio já é muito bom — e quando eu me esforço, fico muito acima da média.

 

Não quero só melhorar. Quero puxar a média de quem convive comigo pra cima, pelo exemplo.

 


 

A INFLUÊNCIA QUE ESCORRE PELOS POROS

Somos moldados pelo ambiente. Uma mulher casada com um homem medíocre dificilmente deixará de absorver, por osmose, a própria mediocridade dele.

 

Existe a famosa Curva de Gauss, que mostra como a maioria da população está justamente no meio — no platô do comum. Gente que não se destaca em nada.

 

De certa forma, até ser ruim já é uma forma de distinção — negativa, mas ainda assim, distinta.

 


 

ACIMA DA CURVA

Quem está acima da curva é raro. E os mais raros ainda são os extemporâneos: artistas, criadores, insatisfeitos com o “homem” porque sabem que o ser humano é um projeto inacabado.

 

São os super-homens sem capa, que às vezes têm apenas uma caneta ou um teclado.

 


 

A VAIDADE DOS MEDÍOCRES

No Recanto, os que mais se destacam, olhando o número de leituras, não são os que mais escrevem, nem os que escrevem melhor — mas os que mais comentam.

 

Se alguém tem 200 comentários, pode crer que já fez mais de mil.

 

Essa troca viciada apela à vaidade dos medíocres, que buscam validação por favores sociais, não por mérito literário.

 


 

NÃO ME LEIAM

Sinceramente, amigos, não faz sentido perder tempo lendo autores amadores — nem mesmo eu.

 

No máximo, me visitem pra dar risada ou pra se irritar com a inveja que eu provoco.

 

Mas vá ler Balzac, vá ler Proust. Não percam tempo me lendo.

 

E menos ainda esses autores que estão mais preocupados com proselitismo e likes literários do que com literatura de verdade.

 


 

ISSO AQUI NÃO É O FACEBOOK

Se você usa “rsrs” ou emojis aqui, seu lugar é numa rede social do Zuckerberg — não aqui.

 

Enquanto os administradores não seguirem minha sugestão — ou minha consultoria — para converter a plataforma em uma rede social literária de verdade, vocês continuam sendo um desserviço às letras.

 

 

 

 

 

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 12/07/2025
Alterado em 12/07/2025
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