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Se você analisa os filósofos mais populares do Brasil, todos têm sobrepeso ou doenças, ou simplesmente falta de elegância: Clóvis, Pondé, Cortella. Só o Karnal que está inteirão — mas careca.
Nenhum filósofo hoje está rico, embora esses tenham mais dinheiro do que na universidade. Por isso o filósofo tem conhecimento, mas não sabedoria. Mas não podemos entender sabedoria como dinheiro ou sucesso, mas sim como viver bem. E viver bem tem a ver com cuidar da saúde.
Porém, se aparentemente eles estão felizes com o sedentarismo e a deselegância, talvez seja porque há vários mundos dentro da cultura e da filosofia para quem tem conhecimento, é lido e vive várias vidas em uma só. O crítico literário Harold Bloom, ao morrer, recitou Goethe no original para dignificar a própria morte.
Por outro lado, veja um Eslen — que seria apenas um acadêmico mediano se tivesse permanecido na academia. Mas, pela sua sabedoria e alto desempenho, é atleta e tem três empresas que empregam mais de 100 pessoas. Um homem rico aos 30 anos de idade, com sucesso financeiro que nem os filósofos populares conseguiram, mesmo sendo até mais conhecidos que ele e trabalhando muito mais em veículos de comunicação e palestras.
Mas o próprio Eslen diz como pretende evoluir no futuro. E, embora ele tenha conhecimento técnico em psicologia e neurociência, não dá para dizer que seja alguém elegante ou com cultura erudita, por exemplo.
Às vezes a riqueza e o sucesso estão alhures, não no dinheiro. Mas a sabedoria faz com que o dinheiro seja uma consequência.