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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

LIVRE-ARBÍTRIO: EXISTE OU É FÁBULA?





A CIÊNCIA CONFIRMA O QUE A FILOSOFIA JÁ SABIA

Ora, cômico é a neurociência respeitável de Antonio Damásio constatar o que Spinoza e Nietzsche já diziam: que o livre-arbítrio é uma fábula.

 

Que a gente é até livre pra pensar agora tanto quanto para praticar nossas necessidades fisiológicas.

 

Que em pesquisas já se antecipa o suicídio no prédio antes da pessoa de fato se jogar.

 

Ora, se existe livre-arbítrio, por que dói quando a gente sofre de amor? Usa o seu livre-arbítrio pra parar de sofrer, porra!

 

Por que é difícil superar o luto, o vício em drogas, parar de fumar?

 

É só usar a porra do seu livre-arbítrio!

 


 

A ENGENHARIA DAS ESCOLHAS

O que existe são uma série de causalidades e estímulos que a gente nem sequer imagina — ou às vezes até imagina parcialmente — e uma série de determinações estritamente necessárias (e não contingentes) que influenciam nas nossas ações.

 

Muito inteligentes os títulos dos livros de Damásio: O Erro de Descartes, que aposta no cogito, na razão, na consciência como ponto de partida da subjetividade, quando, na realidade, a subjetividade é ela própria determinada necessariamente.

 

E Em Busca de Spinoza, que já falava de como os estímulos estão relacionados com nossas ações, e os afetos determinam nossa razão e nosso agir: potência de agir, potência de viver, potência de executar tarefas.

 


 

A DISCIPLINA COMO DESENCANTO

Uma mudança no estilo de vida nada mais é que a banalidade de mudar nossos hábitos e transformá-los em rotina, visando um determinado resultado. Não há nada de extraordinário — antes, o contrário!

 

Pra mim, o que dá certo é a disciplina de si, a gamificação dos meus objetivos esperando um resultado.

 

Por isso eu consigo ser tão previsível nas minhas ações pelo padrão que eu impus.

 

E paradoxalmente, esse estilo rígido gera a minha criatividade — que é imprevisibilidade, ou, como não acreditamos em livre-arbítrio, ela é simplesmente difícil de determinar as origens.

 


 

A ARQUITETURA DOS ESTÍMULOS

Mas a busca é eu procurar ser determinado e influenciado por estímulos externos que favoreçam a minha individualidade.

 

Por isso me cerco de bons comportamentos, bons ambientes, boas ideias, boas práticas baseadas em evidências.

 

Sempre em movimento.

 

Me alimento — e busco alimentos que componham bem com meu corpo — tudo em favor do propósito egoísta do bem viver.

 

Se os estímulos externos forem ruins, resultarão num livre-arbítrio negativo.

 

Os positivos me levam adiante, mesmo que o próprio livre-arbítrio seja ilusão, invenção e conceito.

 

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 04/07/2025
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