O homem é uma espécie em extinção. Sou grande admirador do influenciador e nutricionista Lincon, que cuida do Eslem, que tem o podcast que mais escuto atualmente — o neurocientista.
Mas ele agradece o pessoal do Manual do Homem Moderno, que eu escutei um único episódio, só porque contava com a participação do Lincon. E logo na primeira fala, ele agradece o host do programa — um típico galã feio — pela “dica de moda”.
E veja como se veste o apresentador.
Por isso, mais do que nu, hoje é difícil encontrar um homem que seja o mínimo. O básico.
E eu tenho que agradecer aos deuses pela minha elegância inata — e pelo conteúdo que me habita.
Essa sabedoria de viver mais de acordo com a minha natureza.
Os gregos chamavam o contrário da vivência natural de hýbris, o equivalente ao pecado.
Há inúmeros exemplos na mitologia:
• Sísifo, que engana a morte e é condenado a rolar uma pedra que sempre retorna.
• Prometeu, que rouba o fogo para dar aos homens, e tem o fígado comido por uma ave em castigo por igualar os homens a deuses.
• Midas, com o toque de ouro que transforma o mundo e o condena ao vazio.
• E muitos outros.
Hoje, o símbolo de que estou vivendo de acordo com a minha natureza é que sinto um déjà vu de sensações de quando eu era criança.
Como Zaratustra, quando encontra o eremita que lhe diz: “Você está mudado… parece uma criança”.
Que ele levaria seu fogo à cidade, e que não temeria o castigo do incendiário.
E eu estou novamente com esse fogo de Prometeu.
O fogo da criança.
O fogo da criação.
Para quem tudo é novo.
Minha capacidade de agir — isso é símbolo de um organismo saudável.
Engana-se quem acha que o sacrifício leva à maior produção.
A maior produção é sintoma de um organismo que está vingando.
Pela sua capacidade de criar, evoluir, influenciar — pelo poder da forma e do exemplo.