A obesidade crônica só aparece na história humana após a Revolução Agrícola (~10 mil anos atrás), e explode mesmo com a Revolução Industrial (~200 anos atrás).
A grande revolução do homem não foi nem as ferramentas, nem as máquinas, nem o voo — foi o tecido adiposo. Nos primórdios, não existiam “gordos” como hoje.
A obesidade como conhecemos hoje é um fenômeno moderno, resultado de:
• sedentarismo crônico
• excesso calórico constante
• alimentos hiperprocessados
• desregulação hormonal e metabólica
Não é natural para o homem:
• ficar mais de 8 horas sentado
• viver em superávit calórico
• ingerir açúcar refinado — uma invenção recente, tão nociva quanto um revólver
Carros, veículos, tecnologia de transporte — só existem há dois séculos. Nosso corpo, por outro lado, foi moldado por centenas de milhares de anos de evolução para:
• andar longas distâncias (caminhadas, perseguições, coleta)
• correr ocasionalmente (caça, fuga)
• carregar peso (água, caça, crianças)
• subir, agachar, empurrar, puxar
• estar ativo por várias horas do dia (não necessariamente “se exercitando”, mas se movimentando)
🔬 A antropologia, a biologia evolutiva e a fisiologia concordam:
👉 o movimento é a base do funcionamento ideal do organismo humano.
Nos primórdios, o homem caçador-coletor consumia entre 3.000 e 4.500 kcal por dia — caçando, coletando, correndo para fugir ou perseguir animais, escalando montanhas, pegando peso, construindo.
Estudos com civilizações primitivas da atualidade mostram gastos calóricos semelhantes: entre 2.800 e 3.600 kcal por dia.
Boa parte dessa minha sabedoria atual vem de resgatar o meu lado mais primitivo e primordial do movimento.
A sabedoria ancestral do corpo se soma hoje ao conhecimento moderno:
• movimentos controlados em academia e equipamentos
• suplementação proteica e carboidratada
• alimentos integrais como grãos e whey protein
• suplementação para sono, estresse, GH, libido, testosterona
Tudo isso, controlado pela tecnologia:
📱 gasto calórico versus consumo, monitorado como ciência.
~1.595 kcal — é o que meu corpo consome mesmo em repouso.
NEAT (igual Nietzsche, nome bem apropriado):
Atividades do dia a dia. Eu faço 28 mil passos por dia (~20 km/dia) → iguala ou até supera os caçadores em caminhada.
EAT (exercícios estruturados):
Atividades em ambiente controlado, como musculação e HIIT.
TEF (Efeito térmico dos alimentos):
A digestão também queima calorias.
Soma de musculação + HIIT + termogênicos + NEAT → cerca de 4.000 kcal/dia, igual ao de um caçador ativo.
Gasto calórico médio diário: 3.720 kcal
Consumo médio: 2.900 kcal — distribuídas inteligentemente:
• proteína para manter e acumular massa magra
• gorduras boas
• bons carboidratos para sustentar a rotina
E claro: suplementação de qualidade.
Essa é a filosofia ancestral da atividade física:
Alto desempenho que não se mede só fisicamente, mas intelectualmente também.
É desenvolvimento pessoal.
É estar entre os menos de 5% da população que vivem com disciplina — enquanto mais de 50% dos brasileiros estão acima do peso, e 20% são obesos.
Ou seja: estamos falando de uma bolha muito menor que a dos mais ricos, até mesmo que a dos bilionários.
Os verdadeiros bilionários são os ricos em saúde.
Ricos em cultura.
Ricos em elegância — no meu caso, particularmente.