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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

🎬𓂀 RESENHA DO DIA DOS NAMORADOS — HARRY E SALLY: FEITOS UNS PARA OUTRO 𓂀🎬 ⤷╭┈┈┈┈┈┈┈╮⤶ ꧁༺ Dave le Dave ༻꧂




A ARTE DE ODIAR ATÉ AMAR: UM ORGASMO E UM OSCAR

O Oscar que esse filme merecia é o de Melhor Atriz para Sally, pela cena em que ela finge um orgasmo no restaurante — a mais icônica de todo o filme. Essa cena personifica o humor: enquanto ela geme alto, todos os clientes ficam perplexos e a câmera foca numa senhora que apenas diz: “Eu vou querer o que ela pediu.”

 



A FORMA VALE MAIS QUE O CONTEÚDO

Esse filme também merecia o Oscar de Melhor Começo. Basta a primeira cena — casais idosos sendo entrevistados sobre como se conheceram — para sabermos que estamos diante de algo especial. Um clichê bem feito. Sua genialidade está na forma, não no conteúdo. Ora, a arte é mais sobre forma do que conteúdo. Shakespeare é acusado de ser repetitivo. E desde que a obra original — a criação divina — foi feita, todas as outras são apenas cópias. Tudo comparado com a criação de Deus é clichê. Mas quando a forma se aproxima da criação de Deus, temos arte. Esse filme é uma dessas exceções.

 


 

O ÓDIO É MAIS FIEL QUE O AMOR

Harry e Sally começam se odiando. Estão indo para Nova Iorque após se formarem no colégio — saindo da cidade pequena, tentando a vida na metrópole. Era antipatia à primeira vista. E como se sabe, o ódio é mais fiel que o amor. O que começou como um simples favor — Sally levar o namorado da amiga — virou uma carona eterna.

 



ELE É IRÔNICO, ELA É EXCEL

Harry é sarcástico, mulherengo, um cético da vida. Sally é a Miss Perfeição: até pra pedir comida tem método. Tem planos, carreira de jornalista, metas. E Harry, irônico, comenta: “Ok… mas e se tudo der errado?” Segundo ele, homem e mulher não podem ser amigos — ainda mais se ela for atraente como Sally. Essa tese será testada ao longo de 12 anos.

 


 

O DESTINO NÃO É UM APLICATIVO

Ao chegarem em Nova Iorque, prometem nunca mais se ver. Mas o acaso gosta de brincar. O tempo os reúne em diferentes fases. E é bonito ver como a maturidade faz bem — especialmente aos homens, que demoram a evoluir.

 


 

UM ROMANCE DE FORMAÇÃO

O filme beira o romance de formação: os dois crescem, têm carreiras, se tornam confidentes. São aqueles amigos que assistem filme em casas separadas, conversando por telefone. E é com Harry que Sally chora ao saber que o ex se casou. Ele vai consolá-la. Antes disso, no réveillon, dançaram juntos, se olharam, quase se beijaram… mas optaram pelo “Feliz Ano Novo” e foram embora.


 


 

UMA NOITE, UMA FUGA

Só que naquela noite, uma mulher traída é uma presa fácil. No abraço, no consolo, houve beijo. Passaram a noite juntos. Sally, feliz. Harry, em fuga — saiu na madrugada e a deixou devastada. Não se transa para cobrir ausências. Não se beija para substituir mágoas.

 



O CLICHÊ GENIAL

E então, o clichê genial: separação, saudade, corrida no Ano Novo.

Harry corre pelas ruas, encontra Sally e diz que a ama — listando cada detalhe que decorou sobre ela. Coisas lindas, sinceras, imperfeitas. Sally, ressentida, diz que odeia Harry porque ele fala essas coisas bonitas e fica difícil odiá-lo. Ela diz: “Eu te odeio, Harry” — e se beijam.

 


 

O AMOR COMO EPÍLOGO

E então corta para a entrevista final. E quem está sendo entrevistado como casal fiel é justamente… Harry e Sally.

 

Feliz Dia dos Namorados.

 

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 14/06/2025
Alterado em 14/06/2025
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