No total, o site recebeu 437 visitas, distribuiu 4.154 acessos e consumiu 383 MB de tráfego — o equivalente a 127 episódios de podcast sobre a importância de “beber água e dormir bem”.
Mas o mais impressionante não é a quantidade de visitas. É o que essas visitas revelam: que o Brasil é um país com internet, mas não necessariamente com critério.
🗓️ Dia 10:
11 visitas. 251 acessos. 3 míseros MB de tráfego.
Conclusão: Onze almas que clicaram tanto quanto respiraram — e não ficaram mais que um soluço de atenção.
🗓️ Dia 11:
11 visitas de novo. 199 acessos.
Será que foi o mesmo grupo do dia anterior voltando para ver se entendia alguma coisa? Não entendeu.
🗓️ Dia 12:
31 visitas. 203 acessos.
Subitamente, o interesse despertou. Talvez um link jogado num grupo do WhatsApp. Talvez o algoritmo tenha se comovido. Talvez… tenha sido só tédio mesmo.
🗓️ Dia 13:
38 visitas. 348 acessos.
Surto. Um pico. Uma faísca de esperança: “Agora vai!” — e então… silêncio.
Dos 303 visitantes dos Estados Unidos, estima-se que 299 clicaram sem querer, e os outros quatro buscavam alguma teoria da conspiração em português.
O Brasil, com 27% das visitas, cumpre seu papel tradicional: curiosidade, pouco tempo de permanência e nenhuma paciência.
66,8% ficaram menos de 30 segundos.
Ou seja: abriram, julgaram, fugiram. Como num date que começa com a frase “sou libriano com ascendente em escorpião”.15,3% ficaram de 5 a 15 minutos.
Provavelmente caíram num buraco de leitura ou dormiram com a aba aberta.2,3% ficaram mais de uma hora.
Esses sim, precisam de ajuda. Ou encontraram sentido. (Ambas hipóteses preocupantes.)
/ – A página inicial. Onde todos começam… e a maioria termina./publicacoes.php – Aqui se testa o poder da palavra./albuns.php – Porque a curiosidade é visual./audios.php – Para os que não sabem ler, mas sabem escutar./perfil.php – Quem é esse doido que escreve isso tudo?
A maioria dos acessos vem direto ou de outras páginas do Recanto das Letras. Um ecossistema que se alimenta de si mesmo — como um polvo faminto devorando os próprios tentáculos.
O site vive, sim. Pulsando com o toque de curiosos errantes, leitores perdidos, bots gentis e americanos desavisados.
O importante não é o número de acessos. É o fato de que, mesmo que por 3 segundos, alguém viu. E talvez, nesse intervalo, tenha pensado.