Sete dias de sangue, suor e megabytes.
Do dia 1 ao 7, a página sustentou 278 visitas, 2378 acessos e 358 MB consumidos — e isso num mundo que vive de reels e rivotril. Sim, senhoras e senhores, tem gente passando mais de uma hora lendo. Um milagre que merecia beatificação digital.
As visitas se espalham como formigas organizadas: o dia 3 foi o que mais clicou (357 acessos), mas o dia 4 — com apenas 27 visitas — registrou 487 acessos. Um fenômeno bizarro que sugere: poucos entram, mas os que entram devoram tudo como um álbum conceitual do Radiohead.
No dia 7, o sussurro da página chegou a ouvidos longínquos. Um leitor argentino. Dois canadenses. Talvez estejam procurando abrigo intelectual. Talvez estejam fugindo da realidade. Talvez estejam atrás de mim.
E eu deixo.
Porque não há fronteira que segure o grito irônico de uma frase bem colocada. E meu estilo literário é um mistura de cumbia com tango... e um tiquinho de vadiagem, como diria o professor e advogado Gilmar, da novelaa Sinha Boça.
A maior parte chega sem mapa: 72,6% dos acessos vêm de clique direto. É gente que digita meu nome, salva o link, volta no outro dia — fiel como quem reza novena.
Outros chegam pelo humor. E eu entendo. Tem dia que a gargalhada é a única cura possível. Os textos humorísticos respondem por boa parte das portas de entrada. O Recanto virou ringue, confessionário e stand-up existencial.
65% das visitas duram menos de 30 segundos — ou seja, boa parte só encosta a alma. Mas os 13,5% que permanecem entre 5 e 15 minutos, e os 4,5% que ficam mais de uma hora, são os que me interessam. São leitores. São cúmplices. São perigosos como eu.
O mundo ainda lê.
Leitores em trânsito, leitores em exílio, leitores em colapso. Mas leitores. A Argentina mandou um. O Canadá mandou dois. E eu os recebo como quem recebe cartas sem remetente: com fascínio e sede.
Enquanto isso, o Brasil continua lendo com raiva, amor e ironia — e é assim que deve ser.
Porque escrever não é pedir aplauso: é deixar armadilhas.
E alguém, em algum lugar, vai pisar nelas.
Quer entender as psicologias da massa como diria Reich? Então acesse:
daveledave.recantodasletras.com.br
ANDROID:
1. ABRA O SITE NO GOOGLE CHROME.
2. TOQUE NOS TRÊS PONTINHOS NO CANTO SUPERIOR DIREITO.
3. TOQUE EM “ADICIONAR À TELA INICIAL” OU “ADICIONAR AOS FAVORITOS”.
4. PRONTO. AGORA VOCÊ ME TEM NA PALMA DA SUA MÃO, COMO SEMPRE SONHEI.
1. ABRA O SITE NO SAFARI.
2. TOQUE NO ÍCONE DE COMPARTILHAR (O QUADRADO COM A SETA PRA CIMA).
3. ESCOLHA “ADICIONAR À TELA DE INÍCIO” OU “ADICIONAR AOS FAVORITOS”.
4. CONFIRME. E SE UM DIA EU SUMIR, VOCÊ SABE ONDE ME ENCONTRAR.