No primeiro dia do mês, meu site teve 38 visitas, gerando 269 acessos e consumindo 139 MB de pura expectativa. E o que isso significa? Que sou mais lido nos Estados Unidos do que no Brasil. Sim, United States of Myself.
57,9% dos acessos vieram de lá, o que prova que:
1. Ou sou genial demais para o Recanto das Letras…
2. Ou apenas fui confundido com um site pornô cult underground por algum algoritmo falido da Califórnia… E os americanos se dão até o trabalho de me traduzir via IA tamanha a qualidade do meu conteúdo.
3. Ou talvez as pessoas achem que cultura é algo ilegal, e acessam meu conteúdo por VPN, via deep web, numa versão onion do meu site na dark web.
Porque hoje, cultura é obscurantismo. É subversão. É coisa escondida entre pornografia e criptografia.
Só 15 visitas brasileiras. Isso é menos que a média de curtidas numa foto de unha mal feita no Instagram da sua vizinha. E sabe o que é mais engraçado? Nem os amigos que comentam “lindo texto, parabéns” leram por mais de 30 segundos.
A maioria das visitas (52,6%) durou menos de meio minuto. Isso significa que entraram, bateram o olho, viram que era um texto com mais de três linhas… e fugiram. Leitura virou tortura para a geração que lê meme em voz alta e assiste vídeo dublado no TikTok.
Por outro lado, três corajosos ficaram mais de uma hora no site. Provavelmente:
• Gente que clicou por engano e esqueceu a aba aberta enquanto lavava a louça;
• Um espião russo tentando decifrar meu plano secreto de dominação estética e filosófica via VR e BCAA;
• Ou, quem sabe, verdadeiros intelectuais, com garbo, bom gosto e elegância.
(Esses sim, mereciam meu OnlyFans literário.)
A homepage lidera (óbvio), seguida das publicações e álbuns — ou seja, meus textos e minhas imagens ainda atraem. Mas o verdadeiro destaque vai para os acessos a miniaturas de fotos em 150px. Sim, teve gente que clicou seis vezes para ver imagens de baixa resolução.
É o fetiche pixelado da decadência contemporânea.
Ou — sejamos honestos — clicaram na minha imagem para se masturbar.
Eu faria, se fosse mulher.
89% dos acessos vieram de forma direta ou por favoritos. Isso mostra que o público fiel ainda digita meu endereço manualmente — ou me stalkeia como se eu fosse um ex-namorado famoso.
Enquanto isso, o Recanto das Letras gerou só 11% de tráfego.
É mais fácil me achar no Google do que na própria plataforma onde eu publico.
Sou lido lá fora, ignorado aqui dentro, visto rapidamente, mas lembrado lentamente.
Estou no limiar entre o artista que ninguém entende e o gênio que o algoritmo ainda não descobriu.
Enquanto isso, continuo escrevendo.
Por teimosia estética.
Por prazer filosófico.
Por vingança.
Aliás…
Você tem o Pornhub, o Xvideos e o globo.com nos favoritos. Ou seja, três sites pornográficos.
Não adicionou o meu ainda, por quê?
Aqui está:
daveledave.recantodasletras.com.br
1. ABRA O SITE NO GOOGLE CHROME.
2. TOQUE NOS TRÊS PONTINHOS NO CANTO SUPERIOR DIREITO.
3. TOQUE EM “ADICIONAR À TELA INICIAL” OU “ADICIONAR AOS FAVORITOS”.
4. PRONTO. AGORA VOCÊ ME TEM NA PALMA DA SUA MÃO, COMO SEMPRE SONHEI.
1. ABRA O SITE NO SAFARI.
2. TOQUE NO ÍCONE DE COMPARTILHAR (O QUADRADO COM A SETA PRA CIMA).
3. ESCOLHA “ADICIONAR À TELA DE INÍCIO” OU “ADICIONAR AOS FAVORITOS”.
4. CONFIRME. E SE UM DIA EU SUMIR, VOCÊ SABE ONDE ME ENCONTRAR.