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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

AS BESTAS —

#RESENHAnoRECANTO



O RECANTO DAS LETRAS, ORGULHOSAMENTE, APRESENTA:



 

O CIRCO E A FILHA DO CRÍTICO

Pro terror das inimigas cuja sanha já estava saltando pra fora de felicidade pra dizer que eu banalizei minha página e tornei o Recanto das Letras um circo, aqui vai uma resenha de um filme fino, do MUBI.

 

Um filme espanhol, indicado pela Nina Barcinski — a filha weirdo do André Barcinski — que herdou um capital cinéfilo irrepreensível do pai. Porém, ao falar do filme, como é compreensível, ainda se expressa como uma adolescente, natural considerando a maioria das gatoras da idade dela.

 

Mas bem que, desde os 16 anos, eu me expresso de maneira irretocável, com uma dicção e português invejáveis em todas as idades e níveis culturais. Apesar de eu ser um tanto fanho, minha distinção inata, aristocrática, sempre passou por cima disso. Nunca me impediu de me comunicar e transitar entre todas as classes, falar gíria, memes e tudo. Mas nem por isso eu vou passar a falar errado. Os ignorantes que lutem contra minha erudição gramatical.

 



A ELEGÂNCIA DO ESTRANGEIRO

Porém, pela minha elegância, espírito nobre e altivez, muitas vezes eu sou tido por estrangeiro no local onde estou, por não me conhecerem bem.

 

E esse filme As Bestas é sobre isso: como o estrangeiro é mal-recebido. Porque ele é diferente. Ele representa o desconhecido, o incômodo. E o desconhecido gera medo. Então nossa mente já bola tentativas de categorizá-lo em estereótipos — geralmente pejorativos — para reestabelecer um status quo.

 



O MITO DA CORDIALIDADE

Aqui no Brasil, há a ideia de que somos cordiais com o estrangeiro. Mas essa ideia é parcialmente verdadeira e provém do nosso espírito de vira-lata. Talvez herança da colonização e do passado escravocrata.

 

Com quem julgamos superiores, nos atiramos na LAMA pra não sujarem os sapatos — europeus, americanos, o famoso gringo. Mas com aqueles que julgamos inferiores — paraguaios, bolivianos, africanos e aborígenes — só faltamos cuspir com nojo.

 

E dentro do próprio Brasil, nem precisamos ir tão longe. O preconceito contra nordestinos e nortistas é evidente: no Rio, todos são “paraíbas”; em São Paulo, “bainões”.

 

É notório o exemplo de um amigo meu, um negro retinto, mais escuro que NYNX — a deusa da noite e do caos. Ele se negou a pegar na mão de um boliviano. Talvez um modo inconsciente de dizer que sofreu tanto… e agora era a sua vez de se vingar dos “mais fracos”.

 


 

O ESTRANGEIRO EM TODO LUGAR

A ideia do estrangeiro também aparece no livreto ganhador do Nobel da Literatura, O Estrangeiro, em que um argelino mata um árabe por causa do calor. Tudo se passa na França — país cujo preconceito contra árabes e negros talvez supere até o do Brasil.

 

Há países em que os moradores locais mais “nativos” são muito distintos: como os parisienses, contra o resto — provincianos, diferentes cultural e fisicamente, negros retintos e árabes.

 

Muito similar ao que ocorre na Argentina, onde os “hermanos raiz” parecem europeus e o outro tipo de argentino, meio indígena, é reconhecido como cholo.

 

No Brasil, ao menos pela miscegenação racial e étnica, somos um pouco mais tolerantes…

 


 

A PELÍCULA E O 69

Então, a película: uma família de franceses se aloja num pequeno vilarejo da Espanha. Não são bem recebidos, apesar de serem agradáveis, solícitos e se adaptarem fácil à cultura e idioma.

 

Tudo se complica porque eles não assinam um abaixo-assinado para vender suas terras para a construção de energia eólica — que era tida como a esperança dos moradores locais para sair daquele fim de mundo.

 

Logo os eventos se escalam. Os vizinhos se transformam em verdadeiros monstros, num terror psicológico sem limites.

 

Dessa vez, eu não vou contar o final. Porque fiz uma parceria com o MUBI: todos que usarem meu cupom daveledave69 terão 69 reais de desconto na assinatura. Apesar de a assinatura custar só R$33, ou seja, dois meses grátis com meu cupom.

 

E o prazer que a assinatura promete é maior do que se você, mulher, estivesse fazendo um 69 comigo.

 

Ok, talvez nem tanto.

Mas vale a pena.

 

Quem usar meu cupom e for mulher e atraente pode me contactar pra eu fazer uma curadoria dos filmes que deve assistir… e talvez sejam convidadas, de fato, para um 69.

 




 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 29/05/2025
Alterado em 29/05/2025
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