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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

CONSELHOS PARA OS BURROS


 

O RECANTO DAS LETRAS, ORGULHOSAMENTE, APRESENTA:


 

Grande Estilo, Grande Saúde

Atualmente alcancei um nível de produção que é a junção de dois conceitos de Nietzsche: grande estilo e grande saúde.

 

Grande estilo, pois meus escritos atuais refletem esse equilíbrio entre os elementos dionisíacos da minha experiência empírica e a lucidez e racionalidade apolínea que provêm do meu conteúdo.

 

E, como diz em Masculino, Feminino, de Godard: o papel da filosofia é interpretar a vida para que vivamos melhor. E com esse conteúdo adquiri a fórmula para conceder a mim mesmo a grande saúde. É engraçado que as ferramentas já estavam comigo, mas a adicção me impedia de colocá-las em prática.

 


 

O Fantasma da Vida Pregressa

Mas às vezes o passado me assombra como um fantasma.

 

A distância entre minha vida atual e a vida pregressa é tão grande, embora o tempo entre elas seja relativamente curto — só seis meses. Eu gostaria de estar há dez anos vivendo da maneira que estou agora. Mas isso é questão de viver intensamente o presente.

 

Pensar em como alguém lúcido como eu ficava confuso do nada… Hoje estou há quase nove meses sem nenhum episódio súbito. Atribuo isso à suspensão da periciazina, que reputo como causadora daquele estado de estupor da consciência.

 

Hoje estou como meu sobrinho, que há anos não tem episódios de convulsão que o acometiam na infância, graças à sua rotina e ao Depakene.

 

A saúde é fundamental. E, graças a ela, estou escrevendo apenas assuntos interessantes — de modo interessante.

 


 

Resistência Intelectual

A produção intelectual é uma forma de resistência, como fez Friedrich Wilhelm — vulgo Nietzsche — que tomou consciência da sua condição ao escrever Humano, Demasiado Humano:

 

“Tive pena ao me ver tão magro, tão esquálido: as realidades faltavam inteiramente em meu saber, e as ‘idealidades’ — para que diabo serviam? Uma sede abrasadora me tomou: a partir de então ocupei-me apenas de fisiologia, medicina e ciências da natureza.”

 

Essa é atualmente minha principal ocupação. Estou unindo o conhecimento com a prática. O útil com o agradável.

 

Comecei a ver filmes enquanto faço esteira. Ler enquanto pedalo, por até uma hora ou mais. Ouvir podcasts filosóficos enquanto estou em movimento. E não abro mão da tecnologia: o ChatGPT me ajuda nas imagens e na correção dos textos.

 

E para os energúmenos que, com isso, dizem que é o ChatGPT que escreve por mim, eu compartilho os escritos de Nietzsche:

 

“Eu ditava, a cabeça enfaixada e dolo-rida, ele escrevia, e corrigia também

— ele foi, no fundo, o verdadeiro es-critor; eu fui apenas o autor.”

 

O ChatGPT pode até ser o escritor. Mas o autor — esse sou eu.

 

E também de um celular que, se os deuses do capitalismo me abençoarem até setembro, será um iPhone 16 Pro Max — para mim e para minha mãe, claro. Com isso, defini a memória do meu ChatGPT para minha concepção de imagem, que nos últimos textos vocês podem notar que aperfeiçoa. Como eu não sou Mister M, o segredo eu não conto.

 


 

O Manual dos Burros

E aqui faço o paralelo para meu conselho a você, que é burro, ignorante — e quer deixar de sê-lo.

 

Burros só são valorizados no livro A Revolução dos Bichos, de Orwell, porque são sábios — não por serem inteligentes, mas porque vivem demais. Portanto, são experientes.

 

Para isso, uso meu suporte para o celular não ficar no chão, uma ventoinha no meu celular e no meu Kindle, etc etc.

 


 

Clóvis, o Didático

E o podcast do professor Clóvis me faz companhia.

 

Pra quem não sabe, Clóvis é essencial na minha formação intelectual — mas eu não o descobri agora, como os famosos Tony Ramos e Gilberto Gil.

 

Quem não consegue entender a explicação do Clóvis, como ele mesmo diz, não é do ramo. As explicações dele são de uma obviedade irritante. Tão irritante que é preciso ter vocação — ser um artista do ensino. Porque eu mesmo não saberia ou gostaria de banalizar meu conteúdo para me fazer entender pela massa ignorante.

 

É claro que a vitalidade do Clóvis já não é mais a mesma, devido à doença. Mas a maturidade, o conteúdo que ele adquiriu, e a dedicação com que ele produz seu material — como uma dádiva para futuras gerações, pois sabe que seu tempo na terra é limitado — é de uma generosidade absurda.

 

E o esmero que ele tem com seu conteúdo — a qualidade perpassando toda a história do pensamento desde os pré-socráticos — é algo que você, burro, precisa escutar para se instruir.

 


 

Filosofia Não é Pra Qualquer Um

Ensinar conteúdo filosófico não é pra qualquer um. Os filósofos, desde o período pré-socrático, escreviam de maneira rebuscada justamente para não banalizarem seus conteúdos e não serem entendidos por qualquer um.

 

Os poucos escritos de Heráclito e Parmênides são de difícil compreensão. E ainda há os filósofos pós-modernos, como Deleuze, Bourdieu ou Foucault.

 


 

Sem Desculpas

E ainda há o conteúdo da Escola de Filosofia do professor Leonardo, que explica as grandes obras e hoje oferece um curso de filosofia que ainda não conferi. Mas, como ele imita o Clóvis, deve ser bom.

 

Tem também o canal do Vassoler.

 

Hoje, não há desculpa para ser burro ou ignorante. Basta força de vontade. Mas, para isso, é necessário começar.

 





 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 21/05/2025
Alterado em 21/05/2025
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