UM TEXTO DE ChatGPT!
O RECANTO DAS LETRAS, ORGULHOSAMENTE, APRESENTA:
A Acusação Mais Beócia da Internet
Não há argumento mais bovino e beócio do que dizer que meus textos são frutos do ChatGPT. Escrevo na internet desde os 14 anos e já postei aqui textos meus sem correção, da época, de forma integral. Aposto que quem infere que meus escritos são feitos por inteligência artificial jamais escreveria algo como eu escrevia aos 14 — e, se você corrigir, verá que poucos erros passavam.
Escrevo Para Alguém Real
Mas o importante é que a pessoa que amo sabe que escrevo para ela muito antes da ferramenta existir. Foram cartas e mais cartas. Ela sabe que os textos daquela época seguem praticamente o mesmo padrão de hoje — embora, claro, agora que estou mais saudável, o conteúdo reflita a saúde do meu corpo e da minha mente.
Gramática é Comigo
E essas pessoas que criticam, mal dominam gramática básica. Gramática é dos assuntos que mais estudei e estudo. Já escrevi até sobre a metafísica da linguagem e da gramática — e tenho alguns artigos sobre isso.
Ignorância Revestida de Elogio
O pior é que quem faz essa ilação é, na verdade, o ignorante. E, ao mesmo tempo, faz um elogio sem querer: infere que, para alguém produzir tanto e com tanta qualidade, só pode ser fruto de IA. Mas, ao mesmo tempo, revela a própria incoerência e ignorância, porque mesmo com o auxílio dessas ferramentas, essa pessoa não consegue escrever nada parecido.
E enquanto a acusação segue anônima e sem publicação, eu escrevi mais de mil textos. Mas não são textículos — são textos com conteúdo, de muitos caracteres e ideias.
Tem gente que nunca leu um livro de mil páginas… imagine escrever mil textos e pensar em quantas páginas isso dá. Eu, por exemplo, já li As Benevolentes, que tem mais de mil páginas.
Uso, Sim. E Da Melhor Maneira.
Mas uso, sim, o ChatGPT — assim como uso meu celular. Escrevo no Word para editar meus textos, e o ChatGPT serve justamente para isso: para aperfeiçoar e deixar minha escrita mais bonita. Quem lê meu conteúdo e vê as ilações que faço — e ainda acha que um robô artificial, sem vivência, poderia fazer isso com criatividade, humor e erudição coerente — só pode ter os dois pés no chão, e as mãos também, andar igual macaco e comer capim. Porque o chat nem permitiria, por exemplo, esse exemplo que acabei de dar.
Ferramenta Não É Gênio
O que eu faço, ele não poderia fazer. E o que ele faz, com tanta rapidez e eficácia, eu não poderia fazer sozinho. Por isso peço para ele corrigir meu texto, criar capítulos e ilustrar. Mas eu sou o diretor artístico do texto. Eu aprovo, eu dou as ordens, eu corrijo a correção. É claro que alguns erros passam — pela falta de tempo.
Revisar Não É Crime, É Profissão
E quem acha que isso é muleta, eu digo: todos os livros passam por revisão. Há o editor-chefe, há revisores, há um pente-fino geral para sair com a melhor qualidade possível. E quem faz isso, hoje, em grande parte? Uma máquina. Gosto do modo como ele pontua e organiza o texto — não que eu não saiba as regras, mas ele faz melhor, porque usa travessões e parágrafos. Coisas que eu simplesmente não tenho tempo para fazer.
Meu Script, Meu Manifesto
E, por último, eu elaboro scripts justamente para facilitar e garantir o que quero: um texto impecável. E compartilho abaixo meu prompt de comando. Como eu sempre digo: pode copiar, mas não faz igual.
“Você poderia corrigir um texto pra mim e separar os parágrafos para facilitar a leitura e deixar mais agradável e criar capítulos (sem números) com títulos instigantes? Sem remover nada do conteúdo original e mantendo a essência original. E no final fazer uma ilustração que resuma o texto, mas só imagem, sem texto.”
E, ainda assim, ele erra.
E as melhores gravuras são sempre as que eu dou o briefing. Mas ele cria, e eu aprovo — como diretor artístico e de bom gosto do Recanto, com meu padrão de qualidade.
