Os benefícios de namorar Dave Le Dave são inefáveis, mas mesmo assim eu irei falar.
Há homens que queimam o filme das mulheres — seja pela aparência, pela personalidade, pelo modo de se vestir, ou pela banalidade, falta de conteúdo, de porte… Bom, exemplos não faltam.
E não é só com o sexo oposto que esses homens banais queimam o filme. Com os próprios amigos — isto é, quando têm amigos que não sejam apenas a própria namorada — eles queimam o filme também. São os famosos empata-foda do rolê, aqueles que atrasam a vida, que você tenta fazer uma tabelinha e a bola não volta. A presença deles nunca rende nada além de uma noite entediante.
Nem preciso dizer que esse não é o meu caso, né? Quem acompanha meus escritos, meu conteúdo e minha produção intelectual — desde os looks até as fotos que posto pelo menos umas seis vezes por semana — percebe que tudo reflete meu estado de espírito, minha imagem e meu cuidado pessoal.
Vão desde aspectos psicológicos, autoestima, culturais, físicos, emocionais e, por que não, prazer.
Pelo meu bom humor, meu humor britânico, espontâneo, sempre tenho algo espirituoso para dizer. Algo que arranca um sorriso orgástico e inesperado do meu interlocutor. Principalmente se for do sexo feminino, claro. E se for bonita, minha inspiração aumenta ainda mais. Quanto mais bonita, mais minha criatividade cresce.
E só de conviver comigo no dia a dia, mesmo por osmose, a pessoa vai ficando mais interessante e inteligente. Sem contar com minha curadoria espontânea do que ler, ouvir, assistir ou estudar. Meu bom gosto por filmes, literatura e cultura em geral transforma qualquer relacionamento em uma mentoria de luxo.
Sou um personal intelector. E agora também sou trainer. Meus bons hábitos saudáveis, minha elegância e minha rotina de esportes tornam impossível que alguém seja sedentário ao meu lado. Naturalmente, claro. Eu, que só me alimento bem e levo um lifestyle fitness.
E, ao contrário da maioria, como tenho uma aparência invulgar que em breve será ainda mais atlética, valorizo qualquer companhia.
É claro que sinceramente eu não conheço muitas rejeições, muito menos desprezo — com exceção da pessoa que mais amo. Ironicamente. Mas eu não me resigno. Transformo isso em força de vontade para melhorar.
Dizem que por trás de um bom homem há uma grande mulher. E eu só sou quem sou não por causa de uma, mas de duas que me inspiram e me ensinam a ser melhor: minha mãe e a pessoa que amo.
Minha mãe, obviamente, porque, apesar de eu saber fazer tudo, é como naquela tirinha do Calvin. O Calvin pergunta: “Nós somos vagabundos?” E o Harold responde: “Não, Harold
, vagabundo é quem não tem o que fazer. Nós temos o que fazer, Calvin, só não fazemos.”
Ora, eu também tenho o que fazer, mas não faço — mais por falta de tempo. Se não fosse minha mãe cozinhando com sua mão de fada os produtos integrais e fazendo-os ficar saborosos; se não fosse ela batendo meu detox, preparando meu recheio de tapioca com atum ou frango desfiado, fritando meu bife, meu omelete, organizando minha vida de modo geral, para que eu possa focar no meu projeto pessoal de cuidar de mim…
Com essa ajuda imprescindível e a força de vontade, não tem como dar errado.
É claro que, mesmo não havendo muitas garotas loucas pra me dizer “não”, com a que eu amo, infelizmente — para minha infelicidade — também não posso dizer que elas me deem ideia espontaneamente. Raramente chegam em mim se eu não procurá-las.
Talvez algumas indiretas. Como na minha antiga academia, mais intimista, com um público de gays e mulheres mais velhas. As casadas e interessantes se revelavam nos olhares.
Até que um dia, eu estava me sentindo. Fortinho, porque estava tomando hipercalórico. Mas sem preocupação estética — só queria crescer. Resolvi brincar com o instrutor de lá, e ele me disse: “E essa barriga de chope aí?”
Aí desmoronou meu castelo de areia.
Mas foi aí que percebi: nada adianta ter músculos se uma barriga grande, mole e flácida estraga toda simetria. Por mais atlético que o shape possa parecer, fica comprometido. Hoje sei: primeiro deve-se secar, reduzir a gordura abdominal. Depois, sim, construir músculos em torno do abdômen.
Quero que meus gestos e feições sejam moldados pela minha rotina e estilo de vida. Que minha roupa, minha aparência, meu abdômen definido passem uma mensagem direta às pessoas — sem que eu precise dizer uma só palavra.
E mesmo que dê trabalho, abro mão de relações atuais. No futuro, certamente, vou colher os frutos. Pelo todo. O conjunto da obra.
E talvez, então, as rejeições se tornem zero. Quem sabe até as mulheres comecem a me procurar. Porém, ainda assim, sempre haverá um vazio se, dentre elas, não estiver a pessoa que eu amo.
P.S.: Essas imagens geradas pelo ChatGPT seguem, sempre, um padrão hétero branco. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu só escrevo o texto e peço a imagem. Quando a ideia é minha, o resultado é muito melhor.