Vocês devem achar que sou louco por ter recusado uma proposta que pagava mais do que o dobro do que eu ganho atualmente.
Mas não se trata de quanto se ganha — trata-se de coerência e de qualidade de vida.
No meu trabalho atual, estou perto de casa. Estou no lugar certo: onde eu preciso estar, e onde precisam de mim. Tenho uma rotina saudável, essencial para a minha transformação. E o dinheiro a mais não me traria mais felicidade neste momento. E ajudar diretamente os mais humildes, quem precisa, que me dá um alto valor de realização pessoal.
Quero aprender o máximo na área da saúde. Trabalhar com o público tem sido uma nova forma de aprendizado — uma experiência que quero carregar comigo no currículo.
Meu projeto agora é cuidar do corpo, fazer vestibular e tentar Educação Física. Mas meu currículo e minha experiência continuam intactos, e sei que outras oportunidades virão em breve.
E olha que nem tenho mais cadastro ativo na Catho…
Minha área original sempre será um porto seguro. E o posto onde trabalho hoje pode, com orgulho, dizer que eu escolhi estar ali — em vez de aceitar um cargo muito maior.
O que pode parecer loucura para alguns, para mim é total coerência.
Dinheiro não é tudo.
Na verdade… dinheiro, por si só, não é nada.
Também tem a questão ética do conflito de interesses. Meu irmão já trabalha lá — nessa multinacional alemã de certificação — no mesmo cargo que foi oferecido a mim.
Na época, ele estava desempregado, e eu passando por uma fase ruim. Então resolvi indicá-lo no meu lugar.
Hoje, ele trabalha de home office, vai presencialmente apenas uma vez por semana… e fui eu quem proporcionou isso a ele.
Não poderia estar mais satisfeito com a minha decisão.
Ou seja: eu já fui procurado pelo time da TÜV mais de uma vez.
Na terceira, eu peço música no Fantástico — e aceito.