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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

Você faz as coisas porcamente ou inteligentemente?

 

Tudo que você fizer, faça com zelo

No meu primeiro emprego, conheci Exequiel, um excelente profissional — negro, respeitado, e só abaixo do gerente na hierarquia. Um dia, ele me pediu para fazer uma carta com endereço. Escrevi tudo torto.

 

Ele rasgou o papel com educação e me deu um conselho que nunca esqueci:

 

“Tudo que você for fazer, faça com o maior zelo possível. Se não, fica porco.”

 

Então, Exequiel foi até o computador, criou uma etiqueta, me ensinou a usar mala direta, imprimiu em papel de carta… e aquela carta que eu tinha feito manualmente e de forma desleixada, com minha letra feia, se transformou em algo bonito, organizado, o melhor possível — feito de forma inteligente.

 

 

O capricho se aprende, e se aplica

Mais tarde, precisei entregar um MAPA. Em vez de fazer à caneta, montei tudo em uma tabela no computador, organizadinho. A profissional que avaliou elogiou: disse que nunca tinha visto um relatório tão bem feito.

 

E você percebe que, em tudo, a tecnologia faz diferença. A melhoria só foi possível porque usei as ferramentas certas. Como diz o meme:

 

“Não é magia, é tecnologia.”

 

Ferramentas a favor do talento

Veja as questões elaboradas pelo meu amigo J com auxílio do ChatGPT. Ele pede o que quer e a IA cria tudo: uma tabelinha de pontas, por exemplo. Mas os cálculos é ele quem faz — não confia totalmente na ferramenta.

 

 

 

Mas veja: um engenheiro não é menos engenheiro por usar calculadora. O que importa é o projeto final.

 

Tudo pode ser feito de forma mais inteligente, abstrata, usando a tecnologia fora do convencional.

 

Tecnologia no corpo, na rotina, na vida

Uso o atalho inteligente do iPhone para me lembrar de beber água — 500 ml por vez — até atingir os 5 litros diários. Também me lembra dos meus remédios.

 

ChatGPT elaborou meu cardápio, receitas de sobremesa para a dieta, fez meu cronograma e distribuiu meus treinos. Tiro muitas dúvidas com ele sobre fisiologia, metabolismo, treino, etc.

 

Analisou até meu PDF com exames: ecocardiograma, eletro e sangue. Já estarei preparado para entender as informações do médico.

 

Futebol virtual, inteligência real

O caso mais interessante é o da tática no videogame de futebol. Mesmo na diversão, é possível fazer as coisas com inteligência.

 

Enquanto muitos jogadores usam apenas uma tática, eu uso pelo menos quatro: duas para atacar e duas para defender — e poderia usar até seis.

 

Quando estou no meio-campo com a bola, uso uma formação. Quando estou no campo de ataque do oponente, uso outra, mais ofensiva, mas ainda coerente. E sem a bola, faço o mesmo: uma formação ao pressionar no campo adversário, outra ao recuar. Mudo entre elas como se fossem marchas de carro.

 

Exemplo prático de uma mente tática

Na saída de bola, faço a saida com três jogadores, um meia de passo qualificado no centro, recuando para buscar a bola entre os dois zagueiros bem abertos nos flancos, para dar amplitude, dois meias para buscar o jogo e os laterais mais avançados, presos na lateral para manter a estrutura. As instruções são para jogar pelos lados, evitar perder a bola no centro e abrir com os pontas fixos.


 

 

 

Quando passo do meio-campo, mudo para uma formação mais ofensiva, mas coerente. Passo pelo centro, com todo mundo agrupado para triangular, pois estatisticamente é de lá que saem mais gols.

 

 

 

Se perco a bola, pressiono imediatamente — usando instruções de “pós-perda”.

 


 


Como mostra a foto acima “pressão ofensiva”.

 

Se o adversário rompe essa pressão e passa do meio, fecho mais a defesa para dificultar o gol.

 


 

 

Forma, função e fluidez

Essas táticas só são possíveis porque uso formações fluídas (diferentes com e sem a bola) e táticas alternadas (que posso mudar ao longo do jogo).

 

Essa ferramenta foi feita para mudar a formação ao estar perdendo, mas eu a uso conforme a posição da bola. É uma maneira original de jogar — e exige abstração.

 

Corpo, mente e propósito

Pensando nisso — e no meu novo hábito de cuidar do corpo — decidi que vou fazer o ENEM este ano para cursar Educação Física.

 

Tenho uma relação diferente com faculdade, aprendizado, conhecimento e trabalho. Eu estudo não pelo diploma ou pelo dinheiro, mas por interesse genuíno. Não penso no futuro; penso no presente e em aproveitar.

 

Outros amores acadêmicos

Já considerei cursar Cinema — mas é caro.

 

Ou Filosofia — para aprender mais.

 

Ou Letras — pelo meu amor ao português, às línguas e à literatura.

 

Mas Educação Física me daria acesso ao conhecimento do corpo, essa ferramenta essencial do homem. E ainda abriria horizontes profissionais além dos escritórios e áreas técnicas em que já atuei — como gestão da qualidade, comércio exterior e certificação.

 

Sonhos com os pés no chão

Mesmo que não arrume emprego como educador físico, o conhecimento permanece comigo — é algo acessível e fundamental.

 

E, ao observar o baixo nível intelectual de muitos treinadores — como Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, que apesar das limitações já conquistou 10 títulos e recebe um dos 10 maiores salários do mundo — acredito que, se eu tiver a chance, posso me destacar.

 

Carteira de treinador

Para ser técnico no Brasil, é preciso tirar licenças como se fossem categorias de carteira de motorista: vai da Licença C até a Pro, que permite atuar na Série A.

 

Todas as licenças da CBF custam menos de R$60 mil. Caro? Sim. Mas nos últimos 5 anos, já gastei o dobro com entorpecentes — sem retorno algum. Economizando e sem drogas, esse valor é totalmente possível de juntar.

 

 

O plano é claro

Meu novo projeto — um pouco distante, mas totalmente possível:

• Fazer o ENEM, conseguir a maior bolsa possível ou pagar a faculdade de Educação Física (que nem é tão cara).

• Cursar as licenças da CBF.

• Criar networking, talvez até estágio.

• Mostrar que estou acima da média intelectual e técnica, especialmente no futebol e em comparação com a maioria dos brasileiros.

 

O técnico que lê

Seria interessante ver entrevistas e coletivas com um técnico culto e erudito como eu, alguém com algo a dizer. Sem contar a minha elegância na beira do campo.

 

Usaria minha criatividade para elaborar treinamentos inovadores. Estudei psicologia, entendo de filosofia, sei aconselhar e lidar com pessoas. Estou pronto.

 

Pode parecer utópico, mas é totalmente realizável. E, se der certo, posso ganhar mais de um milhão por mês, quando meu talento for reconhecido.

 

O trabalho deve libertar

Para mim, trabalho tem que ser liberdade. Quando você gosta do que faz, não é trabalho. E dinheiro traz liberdade.

 

Enquanto isso não acontece, sigo o conselho de Waldez Ludwig, brilhante palestrante:

 

“Não tem que fazer o que gosta. Tem que gostar do que se faz no momento.”

 

Presente, paixão e projetos

E é essa minha relação com a vida atualizada: gosto do que faço e faço bem o que faço.

 

E antes de partir… ainda aprenderei francês.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 06/04/2025
Alterado em 06/04/2025
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