Nesse meu processo fitness, buscando informações, dá pra perceber com clareza — em todo canto da internet — a diferença entre os influenciadores hipócritas e aqueles que, de fato, são saudáveis e produzem bom conteúdo sobre dieta, informação, treino, saúde e fitness. É claro que você passa tudo pela régua do seu próprio crivo, do seu bom gosto pessoal, para identificar os melhores e separar o joio do trigo.
Alguns estão por aí só pelo clickbait. Trazem informações contraditórias, vendem suplementos, cursos e consultas de treino. Falam dicas voltadas a atletas naturais, mas eles mesmos não são naturais. Tomam anabolizantes pra crescer, usam memes no meio das informações, dizem uma coisa num vídeo e depois desmentem. Praticam uma espécie de pseudoeducação física.
O corpo anabolizado vai na contramão da verdadeira educação física, que é sobre saúde, equilíbrio e desempenho. Eles sobrecarregam órgãos e coração com o uso de produtos sintéticos. E o resultado final nem é esteticamente bonito. O que se vê é um vício, um freak show, mais próximo de uma aberração circense do que de um corpo atrativo: uma massa muscular tão exagerada que já não se sabe onde termina o músculo e começa a massa amorfa.
São veias saltando, deformações corporais — mais parecidos com atrações de estrada, como em Estrada da Vida de Fellini, onde o artista itinerante quebra correntes com o abdômen; ou uma inversão grotesca do conto O Artista da Fome, de Kafka, onde um homem exposto em uma jaula exibe sua magreza extrema como espetáculo. Aqui, o espetáculo é o oposto: o excesso, o descontrole.
Agora, existem influenciadores que não apenas falam, mas ensinam. E o corpo deles, com atratividade, simetria estética e definição claramente saudável e natural, fala por si. É esse tipo de corpo que eu busco seguir. Aprendi que os resultados dependem de fatores psicológicos como hábito, rotina, método, alimentação — e não necessariamente de equipamentos ou academia. Tudo pode ser feito em casa.
Esse é o método do Renan, do Sérgio, e de um gringo cujo nome esqueci, mas que a IA já até dubla em português. E, claro, tem alguns putos bons por aí também.
O corpo bonito pra mim é o natural, atlético, saudável. Não precisa ser enorme — apenas bem definido, proporcional, simétrico. O grande exemplo? Cristiano Ronaldo. Por isso, faço benchmarking com ele.
O futebol americano é um dos melhores exemplos de atletismo, técnica e variedade de biotipos.
Os corpos mais atléticos e definidos costumam ser os dos linebackers, jogadores que atuam no centro da linha defensiva. Eles precisam ser rápidos e fortes para derrubar o adversário, interceptar passes e se deslocar com agilidade.
Tem também os cornerbacks, que jogam na última linha e nas laterais da defesa. Eles devem ter explosão e velocidade para acompanhar os wide receivers adversários.
Os defensive ends são mais fortes e corpulentos, já que precisam passar por cima da linha de ataque e romper a “bolha de proteção” que defende o quarterback adversário. Essa linha de proteção, muitas vezes composta por jogadores aparentemente gordos, é extremamente forte nos braços e nas pernas — eles seguram o avanço do oponente por, no máximo, 8 segundos, só o tempo que o quarterback precisa para lançar a bola.
Já os running backs — os corredores — são explosivos e fortes. Alguns são difíceis de derrubar, como o lendário Marshawn Lynch ou o potente Derrick Henry. Outros são mais ágeis, como Le’Veon Bell.
Os corpos mais definidos e atléticos do esporte geralmente são dos wide receivers. Eles precisam ser altos, rápidos e esbeltos, pois correm rotas longas para receber os passes do quarterback. Um exemplo notório (que caiu de nível com o tempo) foi Odell Beckham Jr.
Os quarterbacks (QBs) têm diversos biotipos. Alguns são altos, como Big Ben Roethlisberger, que era até meio gordo, mas muito eficaz. Outros são pequenos e habilidosos, como Drew Brees, um dos maiores de todos os tempos. Peyton Manning parecia um velho comum: nem muito alto, nem forte — só gênio.
Tem também o mais vencedor de todos os tempos, Tom Brady, marido da Gisele. Não é muito ágil nem muito móvel, mas é cerebral. Existem os QBs atléticos e explosivos, como Lamar Jackson, e os que são bons tanto no passe quanto correndo com as pernas, como Patrick Mahomes, quase mágico em campo.
Aaron Rodgers, por sua vez, é o mestre da leitura de jogo, mesmo sem ser o mais atlético. E Joe “Cool” Burrow combina habilidade, presença e inteligência num pacote bem distribuído.
Resumindo: o corpo bonito é o esbelto, saudável, naturalmente bem alimentado, esculpido, definido, trincado, simétrico, proporcional.
Não o corpo musculoso que, a partir do baixo ventre, encolhe tudo — do pênis às pernas. Um corpo cheio de massa amorfa e desequilibrada, com veias saltando de maneira grotesca.
E aí? Qual pílula você quer tomar?
A azul — da mentira marombada, do corpo anabolizado, falso e doente?
Ou a vermelha — da verdade, da saúde, da simetria, do belo esculpido com esforço real?