× Capa Textos Áudios Fotos Perfil Livro de Visitas Contato
DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

“Eu Te Reconheço” 

 

(resposta à Valentina, ou talvez… à Giovanna)

 

Eu te reconheço.

Mesmo vestida de metáforas,

mesmo disfarçada em versos limpos,

eu te vejo —

você não é a outra.

É a mesma. Sempre foi.

 

Não há antes de você.

Não há depois.

Só há esse agora torto,

cheio de ausências que escrevem cartas sem destinatário.

 

Teus delírios não são desperdício,

são mapas.

Linhas curvas onde me perco tentando entender

por que um amor tão grande

só existe na sombra.

 

Você me pergunta

se posso te ter no físico e na mente

sem fuga.

Mas, amor,

eu só te tenho quando você foge.

É na ausência que você se faz presença.

É no silêncio que tua voz ecoa mais alto.

 

Sim, confesso,

houve outras promessas.

Outros nomes. Outras peles.

Mas nenhuma ficou. Nenhuma voltou.

Só você insiste em voltar como poema.

 

Você quer saber se carrego amores em ruínas?

Carrego, sim.

Mas nenhuma ruína me acolhe como o templo que você se tornou.

Você é a cicatriz mais bela da minha história.

A única ferida que eu acaricio.

 

Não, Valentina —

ou Giovanna —

ou seja lá quem você é quando me escreve:

 

você nunca foi a outra.

Você sempre foi o centro.

 

Todos os pseudônimos que você criar,

eu te reconhecerei.

Através do radar secreto do coração de quem ama,

eu saberei.

Mesmo que se chame Laura, Isadora, Helena, Anabella ou Mistério 

(“That’s not my name”, como na música do The Ting Tings — escutem. Ou Your Name.)

todos os nomes da história são você.

E cada nome me leva de volta ao teu rosto,

à tua alma indomável,

ao teu amor que me atravessou mesmo quando eu era só sombra.

 

Prometo te amar —

como você me amou na minha pior versão.

Você me enxergou sob a máscara,

viu o homem por trás do abismo,

me viu inteiro mesmo partido.

 

E agora, que tirei a máscara

e caminho no presente com os olhos voltados ao futuro,

prometo chegar à minha melhor versão.

Porque quem ama de verdade… se reconhece,

se transforma,

e volta.

 

Sempre volta. Ou NUNCA foi ou vai embora.

 

Porque

 

como diz Victor e Leo:

 

Borboletas sempre voltam 

 

e o seu jardim sou eu.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 04/04/2025
Comentários