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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

Um Print Screen do que é o Recanto das Letras

 

Aqui, em três minutos, meu texto foi enxurrado para baixo da página principal por uma miríade de outros textos. Os famosos domingueiros do Recanto das Letras atacaram novamente!



 

 

 

É preciso saber pescar aqui no Recanto — separar os bons autores dos produtores de conteúdo vazio e supérfluo. Ora, por que vir para um site literário se é para produzir esse tipo de material? Por que não ficar no Facebook ou no Instagram? Criar um microblog no X do nosso querido líder reacionário Elon Musk?

 

Eu não quero ser chato, quero apenas mexer com o brio das pessoas, assim como já mexeram comigo. Há espaço para todos, mas sejamos sinceros: quem abriu meu último texto , Recanto das letras E A ESCRITA: continuando a discussão… (click no link para tirar a prova) e viu ele permanecer na página principal por menos de cinco minutos antes de ser soterrado pelos domingueiros do Recanto? Em termos de conteúdo e qualidade, isso é justo? Há comparação?

 

Ainda bem que, apesar disso, tenho meu seleto grupo de leitores, composto pelo crème de la crème do Recanto. Até mesmo quem não me digere dá aquela espiadinha, porque, no final das contas, sabe reconhecer o valor das coisas. E como diz Nietzsche: “O que tem valor não precisa ser demonstrado”.

 

Com minha vontade de potência, em até três anos eu consigo acabar com a prática dos comentários vazios, dos textos de nível de rede social e do famigerado “me segue que eu te sigo de volta.”

 

Igual à aurora de Zaratustra, que, ao fim de sua pregação, percebeu que sua única “boa pescaria” havia sido um cadáver — o de um equilibrista que ele mesmo enterrou com as próprias mãos. Mas então concluiu que não deveria pregar aos mortos, e sim aos vivos.

 

Nietzsche já alertava sobre a necessidade da transmutação de todos os valores. Mas o rebanho — e, com ele, os pensadores de rebanho, que são a maioria — busca subverter os valores à sua imagem e semelhança. Aquilo que se assemelha a eles, chamam de “bom”; o que é diferente, de “ruim”. É uma maneira de nivelar todos por baixo, mediocrizando a humanidade e abolindo os indivíduos singulares ou diferentes. Uma sociedade que se aproxima daquela prevista por Assim Falou Zaratustra, com os “últimos homens”, ou ainda pelos “homens ocos” de T. S. Eliot.

 

Assim serei eu, meus irmãos! Quem tiver força o bastante para me acompanhar nessa empreitada e carpinar, sentado, o Recanto das Letras, transformando esse latifúndio infértil em um lindo pomar de flores, que venha comigo. Eu preciso de companheiros na criação — não de mortos!

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 02/03/2025
Alterado em 02/03/2025
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