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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

“ADMIRAÇÃO” & “ INVEJA” NO RECANTO DAS LETRAS

Miss Franklin cancelou seus comentários, mas é como eu escrevi aqui: DEUS TÁ VENDO: Me bloqueou, mas continua me lendo, assim como quem bloqueia meus comentários ou simplesmente não os aceita, mas continua espiando a minha página para ver o que eu penso. Pois podem até não gostar de mim, mas não me desprezam. Só se despreza quem não se respeita, e de certa forma, acho que sei o real motivo.

 

Existem dois tipos de comentários: os spams, aqueles que só querem trocar “likes” e nem leram o texto, e os que realmente leem e deixam algo espirituoso e original. Preterir o comentário do segundo tipo em favor do primeiro é um grande desrespeito com quem separou um período do seu tempo para deixar algo original que acrescentasse ao texto, em vez de algo banal como “parabéns”.  

Eu mesmo comento pouquíssimas vezes, e quando o faço, é mais uma forma de distinção, um modo de enaltecer o autor.

Mas Nietzsche já diz que onde há o maior esforço, há também o maior embate, em que um deslize pode significar a derrocada, e uma vitória, a superação máxima. O mandrião, Bolsonaro, com sua audácia golpista, traduziu isso ao dizer, num ímpeto de insanidade, que para ele só existiam dois caminhos: ou a vitória ou a prisão. Então, de certa forma, alguém que prefira se relacionar apenas com genéricos “parabéns”, talvez por ideologias ou divergências de ideias, demonstra o que há de mais detestável no ser humano: aquela inveja dócil, o estilo passivo-agressivo à la Hanna de Hanna e suas irmãs, que tenta sublimar através da arte, da poesia… A psicologia da inveja e do rancor é astuto. É dai que vem o mesmo ódio ao pobre, preto, ou ao trabalhador, por exemplo, que chega a presidência da república.

 

Na verdade, olhando para o meu próprio conteúdo, os textos que mais gosto são justamente os mais densos e longos, não os mais curtos. Se fosse para escrever textos curtos com imagens bonitas, eu teria 1.200 textos publicados e não 600. Em vez de escrever três por dia, escreveria nove, mas de que adianta? Eu prezo mais pelo conteúdo do que pela quantidade. A qualidade é mais importante que o número. Às vezes, há escritores raros que escrevem muito dizendo pouco, como Dartagnan, Paulo Miranda (esse é mestre) e a Sociofóbica. Mas, muitas vezes, a inveja e a veleidade intelectual não nos permitem ir além. Em vez de admirar, ressentimos. Preferimos ignorar o brilho do sol, talvez por ser muito radiante e fazer mal aos olhos, e nos contentamos em receber meros “parabéns”, “Interessante”, “Você é foda, poetisa!” É muita mediocridade.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 24/02/2025
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