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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

O Que É Um Homem de Presença?


A Aristocracia do Espírito

Quando um homem acha outro bonito e não quer que pensem que ele é viado, falam que ele tem presença.  Mas o que significa ser um homem de presença? Uso o artigo definido “um”, mas me refiro ao homem como humanidade, não como gênero.
O âmago da filosofia de Nietzsche talvez seja demonstrar como a aristocracia não tem nada a ver com condição social, renda financeira, tradição familiar ou herança genética. Ser aristocrata é uma postura diante da vida, uma moral, um espírito nobre, um modo de agir real.

 

Nietzsche, que gostava de imagens, usa a figura do leão para ilustrar esse conceito. O leão é um animal de porte, imponente. Onde ele chega, sua presença é sentida; ele chama atenção e rouba a cena, mas sem exagero. Não é forçado, é algo imanente a ele. O exagerado, pelo contrário, é ridículo.

 

Isso é um homem de presença.

 

A Minha Presença

Modéstia à parte, quando chego a um lugar, minha presença é logo sentida, notada, e tem algo de intimidadora, como a de um leão. Mas que fique claro: não confundir isso com a babaquice de “redpill” e “macho alfa”. Isso é abjeto e redutor. Eu falo de presença de espírito, de um ar nobre, aristocrático.

 

No meu ambiente de trabalho, lido com médicos. E, ao invés de me sentir diminuído perto deles, sinto o contrário: noto um certo constrangimento da parte deles, como se, em minha presença, se sentissem um pouco menores, apesar da hierarquia, teoricamente, me colocar abaixo deles.

 

Mas nós sabemos o motivo.

 

Eles percebem que, por trás dos óculos, da elegância e do rostinho bonito, há um cabedal intelectual que intimida qualquer um. Eu não sou só um rostinho bonito.

 

Minha amiga Little Funny diz que é muito melhor confessar um pecado do que enaltecer uma virtude, mas me deixa cometer o pecado da vaidade de me achar foda, vai.

 

A Médica Bonita e Minha Primeira Paixão Infantil

Tem uma médica muito bonita, recém-chegada, que só aparece às terças-feiras. Uns 40 anos, pediatra, só podia ser.

 

A primeira mulher que achei bonita na vida foi uma pediatra. Eu era criança, minha mãe me levava ao posto de saúde e eu pedia carona só pra admirar a beleza da doutora. Eu já sabia apreciar o suposto sexo frágil.

 

Cumprimentei essa pediatra bonita e ela me disse que já havíamos conversado antes. Eu nem lembrava, mas ela se recordava de todos os detalhes. Lembrou que eu dizia gostar de fazer aniversário em setembro e outras coisas. Enquanto eu sequer me lembrava de tê-la conhecido.

 

Mas eu tenho presença. Sou marcante. As pessoas decoram meu nome, seja no curso, seja na academia. Já eu, muitas vezes, nem sei o nome delas.

 

A Professora da Academia: Olhos de Lince ou Interesses Ocultos?

Hoje mesmo, estava treinando, bem gostoso, viu? De regata, ombro definido, músculo aparente mesmo com pouco exercício — talvez memória muscular. Meu irmão gosta de dizer que fico com os ombros parecidos com os do jogador de basquete Antetokounmpo, o “deus grego”. Pesquisem imagens na internet se tiverem curiosidade.

 

O fato é que eu tenho um shape de atleta. E estava suado, correndo na esteira, como quem sabe correr. Porque quase fui jogador de futebol. Corro com postura, de modo elegante.

 

A academia estava cheia, umas 30 pessoas, e a professora longe, cuidando de várias outras. Em um momento de descuido, deixei minha toalha cair e, imprudentemente, tentei pegá-la com a esteira ainda em movimento. Mas sou habilidoso, ágil, atlético. Peguei sem maiores consequências. Isso levou segundos.

 

Depois que terminei o exercício, a professora me chamou de lado e disse que, quando algo cair na esteira, eu deveria desligá-la antes de tentar pegar.

 

Ora, ora.

 

A academia lotada, gente pra todo lado, e justo nesse momento específico ela notou? Estava longe, tinha várias pessoas na esteira, umas 8, além de mim… Como ela percebeu os três segundos entre eu derrubar a toalha e pegá-la?

 

Ou estava me observando, tirando uma casquinha com os olhos, ou tem visão de águia. O que vocês acham?

 

Autocrítica e Estilo: Saber Se Vestir

Mas não pensem que não tenho senso crítico.

 

Ontem, cheguei na cozinha do trabalho e falei que estava com 70 kg. Uma colega, que é desbocada, comentou que, de fato, dava pra notar a barriga.

 

Não escondo de ninguém: minha barriguinha me incomoda. Acho barriga abjeta. Mas, pela quantidade de calorias que consumo, até que está sob controle. Faço todas as refeições com refrigerante, como chocolate a rodo e ainda cometo a orgia de adoçar o café com leite condensado. Peguei isso do filme O Homem Que Dorme. Desde que vi, copiei, gostei e aderi.

 

Mas tenho bom senso.

 

Ter postura é também saber se vestir. É saber valorizar o próprio corpo e disfarçar imperfeições.

 

Camisas pequenas? Não fecho os botões, uso abertas sobre uma camiseta. Mas, se a camiseta for maior que a camisa, tem que estar por dentro da calça, destacando o cinto, que, idealmente, combina com o calçado. Se for do mesmo tamanho ou menor, pode ficar solta, dando um ar mais despojado e menos engomado. Se a camisa tiver um bom caimento, uso fechada, para não salientar a barriga.

 

É preciso saber vestir-se de acordo com o corpo.

 

Infelizmente, muitas mulheres não têm esse bom senso. Não é pecado ter estrias ou estar acima do peso. O pecado é usar roupas que salientam. Calças legging sem uma blusa por cima, vestidos justos…

 

Há um termo em inglês chamado overdressed, que expressa o exagero no modo de se vestir. Pode ser estar elegante demais para uma ocasião informal ou informal demais para um evento de gala.

 

Mas o overdressed também combina com o “ “dysfunctional closet”: um estilo desproporcional e nada elegante. Como uma idosa usando roupas curtas, mostrando estrias e varizes.

 

Uma coisa é liberdade de expressão no modo de vestir. Outra é passar vergonha.

 

Postura e Liturgia do Cargo

O modo de se vestir precisa ser adequado ao corpo, à idade, à aparência e até à liturgia do cargo. Uma prostituta tem que se vestir como prostituta. Não quero ir a um bordel e encontrar uma puta de calcinha bege.

 

Outra coisa: tênis All Star é coisa de menina. Mulher tem que usar salto alto. Claro, nada contra um tênis de vez em quando. Mas, como diz a Bíblia:

 

“Quando eu era menino, falava como menino; hoje sou homem, devo falar como homem.”

 

Isso vale para postura, modo de agir e de se vestir. E, claro, para como você será percebido e terá presença onde quer que chegue.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 05/02/2025
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