Alguns ateus conseguem ser mais dogmáticos e intolerantes do que certos cristãos, impondo a bandeira do ateísmo como uma verdade absoluta. Chegam ao ponto de cometer o disparate, o desrespeito e a heresia de sempre se referirem a Deus com a inicial em minúscula.
Outros que se dizem progressistas acreditam na superioridade de seus valores, mas se moldam através do discurso do politicamente correto, como se usassem um cabresto, o que os impossibilita de enxergar o mundo de outra forma, de olhar sob uma perspectiva diferente e, às vezes, até de aceitar um simples pedido de desculpas. Isso os torna mais reacionários do que aqueles que combatem.
Nada, porém, é pior do que os que demonstram intolerância em relação à religião. Eles acusam quem pensa diferente de ser ignorante, atribuindo a essas pessoas a culpa por sua falta de educação formal, como se não tivessem sido vítimas de um crime social. Tratam os outros como burros ou incompetentes.
E o que há de mais baixo, de mais comezinho, é personificado na figura de um suposto intelectual e filósofo, autointitulado professor, sumo pontífice, ilmo., segundo ele mesmo, claro, de linhagem nobre.
Quando vejo um problema social como a fome, eu a chamo pelo nome: fome. Não uso eufemismos, e por isso faço questão de mencionar isso aqui.
O que mais me chama atenção é o caráter altivo que ele atribui a si mesmo, com uma autobiografia que só faz sentido se ele tivesse a idade de Matusalém para adquirir tantos títulos e qualificações. Talvez ele tenha descoberto uma fórmula de rejuvenescimento. Autodeclarado poliglota, desconhece regras básicas de concordância do português, como a proibição de separar o sujeito do verbo com vírgulas. É bizarro, para alguém que diz ter lido tantos autores e domina várias línguas, ignorar as regras mais elementares de qualquer idioma.
Embora ele pareça conhecer alguns conceitos filosóficos, é incapaz de elaborar um discurso coerente e didático, algo esperado de um professor ao explicar uma ideia ou conceito. Em vez disso, regurgita os termos ao léu para exibir uma suposta erudição, mencionando ontologia, hermenêutica, epistemologia, etc.
Ele é incapaz de ouvir uma crítica, mesmo que seja construtiva. Já ouvi diversos relatos de pessoas que foram bloqueadas por esse comportamento autoritário.
Se não fosse pelo destrato que demonstra pelos humildes, por aqueles que pensam diferente, e por sua intolerância em relação à fé, eu nada teria contra ele. Apesar disso, considero-o intimamente um mitômano, um embusteiro. Mas como ele ataca e desrespeita constantemente pessoas que, muitas vezes, não têm como se defender, eu escolho ser a voz delas.
Portanto, você é uma vergonha lastimável, como professor, filósofo, intelectual, mas, principalmente, como pessoa!
Mas, aqui, não me refiro a ninguém diretamente; é um texto hipotético e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. No entanto, se um comentarista quiser identificar o nome de algum Recantista que se enquadre nas características descritas neste texto, estará fazendo um favor tanto a mim quanto à sociedade.