Uma deputada estadual do Maranhão, bolsonarista (é claro), Mical Damasceno, causou revolta entre as pessoas progressistas ao defender, em uma sessão plenária nesta quarta-feira, uma reunião da Assembleia Legislativa apenas com "machos" no Dia da Família. Seu argumento é que o homem é fundamental para o ambiente familiar e que são eles que têm autoridade. Segundo ela, essa revelação foi divina.
"Vamos encher este plenário no dia 15 de maio de machos. A mulher deve entender que deve submissão ao marido. Doa a quem doer", disse a deputada em seu pronunciamento.
Durante o discurso, Damasceno também criticou as mulheres que pedem por igualdade de gênero, alegando que elas "querem sempre estar em guerra com os homens".
A fala da deputada, além de ser reacionária e estar totalmente em desacordo com os dias atuais, também apresenta perigo, beirando à apologia ao feminicídio.
Essa deputada defende que a mulher deve ser submetida ao domínio masculino, resultando na coisificação da mulher, vista como um simples objeto para o homem, uma peça para satisfazer todas as vontades do macho dominante.
Em um país onde a cada 6 horas uma mulher é assassinada, as declarações da deputada estão em consonância com essa estatística. Pois, se a mulher não obedecer ao homem, caberia a ele puni-la conforme seu desejo, já que ele é o chefe da família e ela deve submissão a ele.