No Brasil, política é futebol, futebol é religião, e religião é política.
Isso explica o interesse do líder religioso Silas Malafaia em financiar o ato bolsonarista que celebra a abolição violenta do estado de direito neste domingo.
Nesse dia, a principal bandeira levantada por essa caterva será contra o Supremo, pretendendo legitimar os atos golpistas de Bolsonaro.
Será que os manifestantes nunca ouviram falar da arbitrariedade que era viver numa ditadura, como o AI-5, que perseguia opositores do governo e foi defendido pelo filho do presidente? Ou das mortes e torturas do regime, idealizado por Bolsonaro, com a notável idolatria a Brilhante Ustra? Um exemplo é o jornalista Reinaldo Azevedo, denunciado ao regime por um professor aos 15 anos.
Esses fatos demonstram o perigo do homem com o qual estamos lidando. Os manifestantes golpistas irão prejudicar a intensa atividade cultural da Avenida Paulista, fechando museus, teatros, a Casa das Rosas, o Instituto Moreira Salles, o Conjunto Cultural, e prejudicarão as pessoas que vivem da venda de artesanato, apresentações musicais, shows e declamações de poesia, tudo para celebrarem a abolição violenta do estado democrático de direito.
Portanto, nada tem de pacífico, sendo um ato criminoso.