Antes, eu tinha 30 leituras ou + num único texto em uma semana.
Um texto que fazia sucesso. Um pico. Uma dádiva isolada.
Era como um beijo na boca de um estranha: marcante, mas sem história.
Agora, em 48 horas, foram 55 visitantes únicos.
Mas o mais indecente: 572 acessos.
Cada pessoa que entrou, leu em média dez textos. Talvez uma tenha lido mais de 100, e inflacionou a média, vai saber.
Isso não é algoritmo. É culto.
Não quero leituras.
Leitura é o que se faz no banheiro, no cansaço, no tédio. Leitura é superficialidade travestida de interesse. Leitura não me toca. Leitura é consumo — e eu me recuso a ser descartável. Quero ser degustado por completo
Quero leitores.
Leitor é quem entra e não sai. Quem retorna, se apega, se contamina. Quem sente raiva de um parágrafo e desejo de outro. Quem me lê até quando não está lendo. O leitor me leva pra cama ao deitar, faz amor com sua marido pensando em mim… me desejando. Vendo o rosto do autor, no lugar do seu companheiro. Imagina meu corpo, meus lábios, meus pensamento em detrimento dos dele. Meu humor, elegância, pensamento, no lugar de uma tabula rasa de Lock que é ele.
Essa diferença é simples:
Antes, um texto fazia sucesso.
Agora, um autor está sendo descoberto.
O leitor não vem por um hit. Ou bajulação, escambo de troca de leituras e comentários.
O leitor vem por um vício.
Leitura é número.
Leitor é vínculo.
Leitura é o que me mostra.
Leitor é o que me move.
E se for pra ter 55 almas me explorando por dentro, prefiro isso a mil cliques sem memória.
daveledave.recantodasletras.com.br
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