Parafraseando Vinicius sobre as feias: os barrigudos, as gordas e os musculosos que me perdoem, mas o corpo bonito é o magro natural e saudável. Se for definido, é o suprassumo. Corpo de boneco, de modelo, de manequim, de artista, de atleta.
É o corpo com mobilidade. O contrário disso é freak show e afronta à natureza. Veja a ilustração da marca de suplementos Growth: dizem que é pra atleta — mas parece desenho de vilão deformado de HQ.
Se eu encontro uma dessas figuras no escuro ou na cama, tenho uma síncope de medo. Se conseguem alguém, o mais provável é que seja do mesmo sexo. Mas, se for com mulher, é uma mulher sem gosto e sem senso estético.
Mesmo sem ser atleta, sendo magra e saudável, a roupa já assenta bem. O sujeito que compensa tudo no corpo é alguém sem gosto, que se veste do próprio corpo por falta de espírito. Não sabe se impor pela elegância da fala ou do material. Veja a Isabelle Drummond ou a Natalie Portman: elegantes — mas não dá pra dizer que são “gostosas”.
Não é à toa que elas vivem cercadas de moda, grifes, festivais de cinema como Cannes, Dior, Audi — são embaixadoras de tudo isso. Se fossem gordas ou tivessem o corpo dessas musculosas de academia, nenhuma marca queria. Qual grife quer vincular seu nome a um corpo disforme? Pra mim, isso é claríssimo. E não vamos esquecer: o que nos convém é a nossa singularidade, e não a disfunção estética.
Mesmo fazendo parte do mundo maromba, jamais serei um desses. Eles podem até pegar mais peso que eu, mas no esporte de verdade — qualquer um com bola — passam vergonha. Num tiro raso de 100 metros, tropeçam nas próprias pernas de tão desengonçados.
Quer ser atleta? Veja o corpo do centroavante que tirou a camisa ontem na final da Champions, na vitória acachapante de 5 a 0 do PSG contra a Inter — maior goleada da história em final.
Não é preciso dizer mais nada. As imagens falam por si. O que tem valor não precisa de argumento.
Sem mais, meritíssimo. Um dia eu chego lá.