Mesmo saindo da unidade, o público reconhece meu carinho. Um mero POT pode ser elogiado na avaliação do posto no Google. Uma imagem vale mais que mil palavras.
Quem achar que é mentira, pesquise: “Chácara Inglesa UBS avaliações Google”.
É claro que ser bonito também ajuda!
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Sem contar a ouvidoria, que fizeram questão de registrar — não criticando, mas elogiando um mero atendente, que sou eu mesmo, um POT — que o médico colombiano, saído esculachado de outro lugar, expulso de outro posto de saúde, encontrou guarida lá. E que, no seu país, deveria trabalhar num cartel da Colômbia, imputou (com inveja, talvez) que eu seria um criminoso.
Ameaçou chamar a “POLICÍA” — sim, na oxítona — por eu estar “usurpando função de funcionário público” e “usar a senha da minha mãe”.
Detalhe: foi a própria unidade que me deu login. Um login que um POT normalmente não teria. Justamente para tapar buraco deixado pelos maus funcionários do local, aproveitando-se de mim.
Eu, que sempre estive lá pra ajudar, virei “criminoso” por fazer o trabalho que ninguém mais queria fazer. E o agradecimento? Ameaça de polícia. Eu me senti o Chaves naquele episódio do Ferro em que ele foi acusado injustamente de ter roubado do seu madruga. Só que sem música triste.
Mas não há que se falar em xenofobia, porque a ignorância, a inveja e o mau gosto são universais e não têm um país de origem.
Ele, que é estrangeiro tanto no país quanto no posto (com menos de 4 anos), não respeitou a mim, que frequento o local há mais de 20, nem minha mãe, que trabalha lá há mais de 30.
Esse é um pobre coitado que não sabe seu lugar.
Mas Deus no comando. Se o destino acha que é melhor pra mim estar da maneira atual, quem sou eu pra contrariar? E eu só oro, assim como fez Chaves, para que o bandido se a arrependa do que fez.