O cara que batiza seu programa se colocando em PRIMEIRO lugar, em CAPS LOCK, seguido de “e amigos” em minúsculas, já dá o tom da vaidade do sujeito. Igual à ironia dos super-heróis de South Park, liderada por Eric Cartman, que se chama “Guaxinim (que é ele) e amigos.” Primeiro ele, depois o resto.
Meu irmão brinca que, no Brasil, não há ninguém mais vaidoso que Galvão Bueno, Vanderlei Luxemburgo e o Negro (que sou eu, no caso, rs). Porém, entre os três, dois estão no programa do Galvão na Band — os refúgios da Rede Globo. Então, você imagina o nível de vaidade que mal cabe no estúdio.
E ainda tem Casagrande, Ricardo Rocha, Mauro Naves, Falcão (que foi condenado por assédio sexual nojento, mas todo mundo esqueceu, já que ele é um dândi do futebol). O Brasil tem memória curta.
Parece aqueles times de futebol que tentam montar um elenco só com refúgios de outros times, veteranos que fracassam por estarem longe do auge.
E o principal líder dos asseclas, Galvão, é o mais deprimente, está em entropia. O bicho narrando atualmente virou meme ambulante.
Ele narra o gol com uns 5 segundos de delay, está sempre atrasado no lance, uma ou duas jogadas atrás, e fala mais besteira do que narra o jogo.
Só não é pior que o Luís Roberto, que o substituiu como número um da Globo. Luís imita o Galvão, mas só chega perto do Galvão de hoje — não do outrora.
O Galvão de outrora é o maior narrador do Brasil, uma lenda, uma figura mística, a voz por trás das conquistas do Brasil: o treta, do penta, o Guga, o segundo lugar do Rubinho e da Massinha, o domínio de Schumacher na F1, período de ouro.
Até UFC, narrando a lendária luta entre Spider e Belfort, que acabou igual a mim batendo no recalque das minhas inimigas do recanto: com um chute na cara e nocaute.
No cenário mundial, talvez Galvão só se compare com Al Michaels, principal narrador da ABC — a “Globo” dos Estados Unidos — que narra o Sunday Night Football, o evento mais nobre da televisão americana, e o Super Bowl.
Mas hoje ele está em entropia, franco declínio, e fica só a reflexão sobre a hora de parar para não passar vergonha.
Hoje, Galvão é sombra da vaidade e do talento. Uma pena.