Mais importante do que estar entre os textos mais lidos da semana — com mais de sessenta visualizações — é ter pouco mais de uma dúzia de leitores que não esperaram ver meu nome na home ou entre os destaques.
Prefiro os que, por livre e espontânea vontade, entram na minha escrivaninha para ler meus escritos como se assinassem uma newsletter pessoal. Como quem visita o blog favorito. Como quem acessa um site de notícias escolhido a dedo. Ou como quem, por hábito e afeto, segue um Instagram literário.
Eles chegam pelo prazer da escrita, pela afinidade com minha imagem, pela conexão com o meu conteúdo.
Um dos maiores elogios que já recebi veio de uma grande amiga. Ela me disse que acessava minha página como parte de seu ritual diário: lia meus textos enquanto tomava café, como se abrisse um jornal de estima.
Isso é especial demais. E não existe número de leituras que pague esse tipo de carinho.
E há também a questão da pessoa que amo.
Se ninguém mais me lesse — mas ela lesse — meus textos já valeriam a pena. Para ela, meus escritos viraram rotina, hábito, desejo. Ela não perde um.
A cada novo texto, ela demonstra bom gosto, diligência e amor. E, a cada leitura, ficamos mais próximos. Compartilhamos afinidades e saberes.
E pelo conteúdo que escrevo — sempre impregnado de verdade — só pode fazer bem para nós dois. Não é perda de tempo. Quem me lê, se torna mais sabido. E quem me ama, ao me ler, conhece também meus sentimentos. E isso fortalece sua autoestima e a minha.
É por isso que venho investindo tanto na identidade visual da minha página. Quero um padrão de qualidade: formatação, ilustração, fontes, tipografia, tamanho…
Tudo isso para deixar a leitura mais agradável, mais acessível. Para criar uma assinatura que os leitores reconheçam de longe como minha.
Quero que, a cada novo texto, eles queiram voltar. Por vontade própria. E que não parem naquele texto, mas se aventurem em outros. Que criem laços com minha escrita. Que se sintam em casa.
Mas tudo isso só faz sentido se…
Porém, se entre esses leitores não estiver a pessoa que eu amo…
Nada disso importa.
Ela é a única leitora da qual eu não abro mão.