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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

A sabedoria entre Beatles e os videogames



A estrada longa e sinuosa

Eu não titubeio em responder: entre Beatles e Stones, eu prefiro o quarteto mais conhecido de Liverpool.

 

Uma música do disco final traduz o espírito da vida: The Long and Winding Road — cuja tradução seria “a estrada longa e sinuosa”. Essa canção demonstra que o caminho que conduz a um objetivo não é reto; é cheio de curvas, voltas e incertezas. Como diz o ditado: “Deus escreve certo por linhas tortas.” Assim também é o percurso da vida.

 

E dentro do objetivo, é como no Waze: necessário recalcular rotas pré-definidas para, enfim, alcançar o destino.

 


 

Recalculando rotas na vida real

Na minha avaliação de 3 meses de academia, os resultados não foram exatamente os que eu esperava. Talvez pelo cálculo da balança, mas o meu índice de gordura corporal aumentou. Apesar disso, é nítido que encorpei — embora tenha ficado mais magro, como mostram meus looks registrados diariamente e a folga nas minhas roupas.

 

Perdi, em comparação com o exame inicial, 2 centímetros de cintura e 3 de abdômen. Ganhei 2 centímetros de braço e 4 de coxa. Emagreci 1 quilo — de 66 para 65 kg. Ainda assim, minha massa magra caiu de 51 para 49 kg, e a gordura corporal aumentou de 22% para 24%.

 

Mesmo treinando em dois períodos e mantendo uma dieta há um mês, existe um contraste entre as medidas e o percentual, e também entre a aparência de antes e depois — muito nítido pelos meus looks diários e o caimento das minhas roupas. Calças antigas da época em que eu tinha 21 anos estão me servindo, enquanto as atuais parecem de gordo.

 


 

De 86 para 74 — a matemática do abdômen

Para definir e os gomos do abdômen aparecerem, a previsão é de 74 a 78 cm de cintura. Estou com 86. Preciso reduzir aproximadamente de 8 a 12 cm — o que representa cerca de 7 a 9 kg de gordura a serem eliminados.

 

Se eu mantiver o ritmo e perder entre 2 a 3 kg por mês, treinando e me alimentando com o mesmo rigor e intensidade, em poucos meses alcanço o six-pack.

 

Mesmo assim, vou recalcular a rota. Ajustar os treinos e a dieta, aumentar as proteínas, selecionar ainda mais os carboidratos, adicionar pesos aos treinamentos em realidade virtual e HIITs caseiros — e continuar com a mesma rotina e intensidade.

 

Só o bem-estar de estar saudável, e o prazer de me ver bem — pelo menos vestido — já me anima. Ainda que o resultado pelado não seja ainda o esperado.

 


 

O verdadeiro início

Na verdade, só comecei a fazer dieta rigorosa há menos de um mês. A me dedicar exclusivamente à academia, também. Agora estou com um cronograma, mais foco, e estudando a técnica da execução dos movimentos.

 

Após essa última avaliação, recebi novos treinos — e vou me empenhar em realizá-los da forma mais técnica e perfeita possível. A verdade é que minha academia começa agora. Antes era só preâmbulo. Agora já não sou mais bicho, calouro de academia. Tenho rotina, planejamento e um caminho a executar.

 

A próxima avaliação, em três meses, será mais precisa.

Antes, eu ia para a academia como recreação — mais para escrever do que para treinar.

Agora, estou focado.

 


 

A evolução é inevitável — God of War que o diga

E qual a relação disso com videogames, como o título sugere?

Tudo que é bom pode melhorar.

A história dos videogames prova isso.

 

God of War já era uma franquia de sucesso no PlayStation 2. Kratos, deus grego, atuava em um jogo frenético, no estilo hack and slash. Porém, em 2018, o que já era bom ficou ainda melhor. A Sony transformou o combate, talvez influenciada por jogos de RPG ocidentais como a franquia Dark Souls, da aclamada FromSoftware.

 

Remodelaram o combate, os gráficos, a dinâmica — e o transformaram num RPG com um sistema muito mais sofisticado. O resultado? Uma franquia que já era boa se tornou magnífica. A prova de que até o bom precisa evoluir para não estagnar. A osmose leva à entropia.

 


 

Sem desculpas — apenas melhore

Outro exemplo é Tomb Raider, de Lara Croft. Tinha uma jogabilidade travada, mas icônica. Em 2015, foi remodelado: tornou-se um jogo de aventura com exploração, cenários lindos, gráficos exuberantes, movimentação fluida, puzzles inteligentes e combate aprimorado. Um dos jogos mais belos da atualidade.

 

E fazendo um paralelo com tudo isso, no novo God of War (2018), há uma cena em que Kratos, o Deus da Guerra, diz ao filho Atreus — reencarnação de Loki na mitologia nórdica —, depois de um erro do garoto:

“Sem desculpas. Apenas melhore.”

 

Essa é minha ética para lidar com a estrada longa e sinuosa da vida:

não dar desculpas para justificar meus erros — apenas melhorar.

Rotina, hábito e prática constante são o caminho para a maestria.

 


 

O amor que se dá é o amor que se recebe

E no final, para citar os Beatles mais uma vez:

os resultados aparecem.

E o amor que se dá é igual ao amor que se recebe.

Assim como foi com a carreira magistral dos próprios Beatles.


 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 18/04/2025
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