No brasão da bandeira da Prefeitura de São Paulo há uma mensagem em latim que diz muito sobre o espírito da cidade — da força política, ecumênica, econômica da maior potência e da maior cidade da América Latina: Non Ducor, Duco. Que significa “não sou conduzido, conduzo”.
Essa máxima reflete a autonomia da cidade, de não esperar, mas fazer acontecer. E eu, que sigo essa mesma ética de não ser conduzido e sim conduzir, através da influência positiva do meu exemplo e imagem — de não seguir tendências, mas criá-las — vejo como simbólico o fato de ter nascido justamente aqui.
Dificilmente eu seria eu se tivesse nascido em algum rincão qualquer do Brasil. Só foi possível viver minhas experiências e adquirir conhecimento porque São Paulo me possibilitou trilhar esse caminho: comecei minha trajetória profissional em uma multinacional aos 16 anos, por meio do programa Menor Aprendiz. Fiz inglês desde cedo. Mais tarde, montei uma empresa no cartão-postal da cidade, a Avenida Paulista. Frequentei os cinemas clássicos como o Cine Belas Artes, Cinesesc, Reserva Cultural, Itaú Cultural, o cinema da Livraria Cultura. Comprei livros em sebos, fiz faculdade acessível.
Eu sou reflexo dessa cidade e desse espírito de conduzir — pela nossa força interna, pelo exemplo e pela capacidade de influenciar pessoas.
Por isso estou cuidando do corpo — templo do pensamento — com dedicação, esmero, rigor, rotina e bons hábitos. Vigio a alimentação: saudável, zero açúcar, com calorias negativas, sem frituras, processados ou besteiras. Substituo tudo por uma proteína boa.
Incluo pão e arroz integrais. Fiz uma receita de tapioca com frango desfiado e queijo minas, temperada com cheiro-verde. E uma versão doce com whey protein, banana, queijo e pasta de amendoim integral, sem açúcar. E hoje aderi ao suco detox, com gengibre, hortelã, couve e suco de limão.
Ontem participei de uma aula inaugural, ao lado de um amigo do trabalho, de uma luta indiana: a mesma praticada por Dhalsim, do Street Fighter — o Kendo do Vajra Mushti, que é estranhíssima por sinal e que pretendo fazer um texto dedicada exclusivamente a ela.
Nesta minha ética de conduzir e não ser conduzido, de ser fiel a mim mesmo e, através da minha vontade de potência, influenciar positivamente o mundo ao redor, mantenho um princípio: alguém pode até ser mais bonito, mais inteligente ou mais forte do que eu — mas com mais força de vontade, jamais.
E o meu objetivo, longe de ser modesto, é ser o mais bonito e inteligente possível, e também o mais elegante — tudo em uma só pessoa. Por isso estudo, cuido do corpo, pratico atividade física com foco no natural e no estético, sabendo qual corpo fica melhor em mim: o atlético, esculpido, definido, esbelto — e não o exageradamente musculoso.
Pratico pelo bem da minha saúde, para aumentar minha energia, condição física e resistência — inclusive psicológica. Quero redirecionar meu cérebro para o córtex pré-frontal, e evitar impulsos e prazeres fáceis.
Na adicção, eu vivia uma vida que não era minha — longe dos meus ideais, vivendo apenas pelos impulsos. Mas meu histórico é outro: sempre fui exemplo. Sempre acordei cedo, fui referência por ter minha empresa ainda jovem, ajudei financeiramente minha família, sem jamais sugá-los. Fui a restaurantes sozinho — Outback, italianos — em datas festivas por estar bem financeiramente. Contribuí para que meu irmão terminasse sua casa e pudesse alugá-la. Investi nas reformas da minha própria casa.
Essa vida parasitária da adicção não condiz com a minha ética. Eu sou gentil, focado em mim, na minha imagem pessoal — e é através dela que faço uma revolução silenciosa, invisível.
Sei o que me convém. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. A minha individualidade é singular. Estou sujeito a experimentações, sim — mas sem envolver entorpecentes ou prazeres fáceis.