Azaminha inimiga, atacadas, dizem que escrevo compulsivamente, que transferi e sublimei minha compulsão das drogas para a escrita. Tanto melhor. Ninguém morre de overdose de tanto escrever ou pensar.
E é sabido que a energia libidinal que usamos para viver é a mesma do prazer sexual—é Eros, que remonta à Teogonia de Hesíodo.
Alguns números da minha produção nesta semana: chego a escrever nove textos por dia. E não são “texticulos”. São longos, densos, com conteúdo. Meus textos são grandes e grossos—como meu bigode ou, para fazer uma metáfora mais adequada ao assunto, como meu belo pênis moreno quando ereto.
Ao longo da semana, computando 168 horas, tive oito textos entre os mais lidos. O mais lido alcançou 63 visualizações; o menos lido, 34. No total, 371 leituras, superando Léila Angélica, que teve 184. E tudo isso apenas com minhas próprias estratégias. Não fico comentando textos mais lidos nem interagindo com perfis de grande alcance só para aparecer. Comento apenas o que gosto. Tem gente que escreve mais comentários do que textos—e, pior, são sempre os mesmos “parabéns” e generalidades. Espero, ao menos, que saibam copiar e colar para não adquirirem tendinite, né?
Quantidade não é sinônimo de qualidade—exceto no meu caso, em que uno as duas coisas. A prova? Basta abrir minha página aleatoriamente. O que equivale a dizer que sou o que mais escreve em termos de volume, qualidade e conteúdo, o que se reflete na audiência e no número de leituras.
Mas nem todos sabem apreciar minha escrita. Alguns invejosos se ressentem. Não conseguem me encarar diretamente—assim como não se encara o sol sem óculos escuros. E é exatamente isso que minha escrita é: um par de óculos. Se você consegue enxergar melhor com eles, ótimo. Caso contrário, procure outro oculista. Ou talvez seu caso seja glaucoma ou catarata.
E, meninas, se a energia sexual da escrita e do pensamento é a mesma que usamos na cama, então imaginem. E tanto no sexo quanto na escrita, não abro mão da tecnologia para me auxiliar nem da ciência para proporcionar prazer—seja ao meu leitor, seja à minha parceira. Não me contento com tadalafila de 5 mg. Vai de 25 mg mesmo. Tudo pelo bem da arte—seja ela a arte do prazer proporcionado ao meu leitor ou do orgasmo da minha parceira!