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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

Ainda Estou Aqui falando sobre “Ainda Estou Aqui” - e o Oscar

 

Se a Fernanda Torres não ganhou o Oscar, azar do Oscar.

 

Mas, conhecendo a premiação, dá para levantar os motivos: ela não atuou em inglês. Se ela fosse negra e se o filme falasse sobre a ditadura nos Estados Unidos ou, para contextualizar, sobre Martin Luther King e os direitos dos negros, e como Eunice teve um marido desaparecido pela polícia racista do estado de Massachusetts, não só receberia o Oscar de Melhor Atriz, como também seria Melhor Direção, Melhor Filme do Ano e estudado em salas de aula. Nesse sentido, os americanos têm bom senso patriótico.

 

Porém, conhecendo meu gosto pessoal e, embora eu não tenha assistido Anora e nem Substância, pelo que ouvi falar, esses dois filmes me agradariam bem mais, e eu daria a estatueta para um deles, de Melhor Filme, incluindo Direção e Atuação, mais provavelmente para Demi Moore.

 

Se você quer uma coisa bem feita, você tem que fazer você mesmo. A minha amiga Flora escreveu muito bem sobre Anora, mas eu tenho que dar minha opinião oficial sobre Substância. Eu li textos aqui no Recanto que não fazem justiça à obra. Eu não gosto de filmes de terror e gore, mas pelo que soube, não tem cenas tão gráficas, é mais psicológico, então vou ter que passar pelo meu gosto, assistir o filme e escrever minha resenha e impressão pessoal, que será a definitiva, com certeza, e a melhor publicada no Recanto, a mais embasada, com referências cinematográficas e culturais. Eu ainda nem assisti, mas já tenho o título: A SUBSTÂNCIA EM A SUBSTÂNCIA. Quem me copiar, eu mando executar, como se eu fosse um miliciano ou Bolsonaro, hein!

 

Lembrando de outros feitos no Brasil no cinema, além dos que já mencionei em outros textos, o excelente diretor de Bingo, Daniel Resende, trabalhou na edição do filme Árvore da Vida, de Terrence Malick, um filme meio experimental, bem chatinho em comparação com outros trabalhos do diretor. Eu prefiro Terra de Ninguém (1973), filme da Nova Hollywood, uma espécie de Bonnie e Clyde ou Acossado de Godard, ou Demônio das Onze Horas, só que americano, mas com uma abordagem mais introspectiva e estilizada. No filme, Martin Sheen e Sissy Spacek interpretam um casal que, assim como os famosos criminosos da década de 1930, Bonnie Parker e Clyde Barrow, se vêem envolvidos em uma série de crimes enquanto fogem da polícia.

 

Adoro a cena em que o bandido fala tantas vezes para ela falar “fuck me” e ela se excita de verdade pelo criminoso, e ela acaba falando o que ele quer: “fuck me, please”. Aí ele simplesmente diz “isso, mas não agora” e vai embora!
 

Cinema, cultura e um pouquinho de vadiagem - e perversão, a gente vê por aqui.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 03/03/2025
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