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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

Sou sociofóbico e um pouco dromomaníaco

 

O ERRANTE E O RECLUSO

A gente aprende, aprende… e morre burro. No fim das contas, de que adianta ser o homem mais culto do cemitério, se o conhecimento não serve à vida presente?

 

Aprendi uma palavra nova esses dias, graças a um perfil do Recanto que adoro, o da Sociofóbica: dromomania. Diz-se daquele que tem o impulso de viajar, um andarilho sem pouso certo, talvez um apátrida, como foi Nietzsche, errante entre cidades e pensamentos. E ela escreve direto da Austrália!

 

A LITERATURA ESCONDIDA NO CARVÃO

No meio do carvão dos textos diários do Recanto, deparamos com verdadeiras pérolas. A Sociofóbica é uma delas—me alenta, me conforta, me traz conformismo. E me prova que o que tem valor não é o que brilha mais aos olhos do público.

 

Os melhores autores do Recanto não estão na página dos textos mais lidos da semana, tampouco nas listas semanais do Paulo Miranda. Muito pelo contrário: eles precisam ser encontrados, minerados como ouro, escondidos entre camadas de palavras comuns. Mas, uma vez descobertos, sua luz reluz como ouro puro.

 

No entanto, entre os minerais há também os que tentam brilhar, mas não passam de pedras opacas, sem valor real—literatura sem força. Como dizia Nietzsche, e eu gosto de repetir: o que tem valor não precisa ser demonstrado.

 

O brilhante professor Cláudio Ulpiano já alertava sobre essa literatura e filosofia que chegam sem potência às casas das pessoas. E essa mesma falta de vigor eu enxergo nos que tentam dizer algo, mas se perdem em belas palavras vazias. Não são ouro, são bijuterias.

 

Mas meu faro é bom. Sei distinguir o que realmente vale do que pode ser deixado para trás.

 

A ESCRITA COMO REFÚGIO

A Sociofóbica tem aversão a gente, mas não às palavras. E as palavras, gratas, retribuem a ela tornando-se belas pelo gesto mágico de sua escrita.

 

Ainda que a admiração que tenho por ela não se estenda a mim, reciprocamente, aparentemente, nós temos afinidade com uns mais do que com outros. Onde eu enxergo embuste e enganação, alguém pode ver talento; onde algo me passa despercebido, outro pode captar sua essência — e assim é. E tudo bem.

 

Mas confio plenamente no meu discernimento. E quando afirmo que a Sociofóbica é uma das raridades do Recanto, falo com a certeza de quem reconhece a singularidade. Seu talento exala criatividade, elegância, autenticidade — faltam adjetivos para abarcar sua presença.

 

Assim como alguns outros, ela eleva o nível da plataforma, levando-a a um novo patamar.

 

ENTRE ARROGÂNCIA E CONFIANÇA

Pode soar como presunção, mas talvez seja apenas convicção. Afinal, às vezes me pergunto se a plataforma não ficou pequena para eles… e para mim.

 

Arrogância ou confiança?

 

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 21/02/2025
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