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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

MAIS PRAZEROSO QUE UM ORGASMO.

 

O Orgasmo do Riso

O orgasmo do outro é muito mais prazeroso que o nosso próprio. Sentir que fomos a motivo do gozo do outro é a maior dádiva do sexo. Mas há algo ainda mais sublime do que um líquido que escorre: um sorriso que transborda. Um prazer que irrompe de súbito, imediato e abrupto, tão efêmero e intenso quanto o gozo. Puro deleite para quem sabe arrancar uma alegria rara de alguém genuinamente.

 

Machado de Assis foi contemporâneo de Schopenhauer, e ambos viam a natureza como uma mãe matricida, enquanto a existência humana lhes parecia uma peça absurda. Mas se Schopenhauer, mergulhado no pessimismo, buscava refúgio na arte e na beleza, Machado afirmava a vida pelo riso. Satirizava a sociedade, zombava dela com ironia e sarcasmo, e era assim que encontrava sentido.

 

E nisso me vejo nele, nosso escritor conterrâneo. Minha tendência é afirmar a vida pelo riso, rir da realidade em vez de me esquivar dela. Porque para mim não há prazer maior do que o orgasmo provocado pelo riso—quando sou a causa da gargalhada do outro. Mas, claro, como um amante das mulheres, do sexo feminino.

 

O Riso da Beleza Cotidiana

Hoje mesmo, ao marcar os exames de uma jovem, percebi como a beleza tem o poder de me inspirar, de me trazer verve. Não era uma beleza arrebatadora, mas havia algo nela — uma harmonia sutil, uma simetria envolvente, uma mistura curiosa de ingenuidade e malícia, como se o frescor dos seus vinte e poucos anos fosse equilibrado por um olhar que já conhecia o jogo da sedução. Era alta, com um corpo que os americanos chamariam de “regular girl” — o tipo de mulher que poderia ser sua vizinha, aquela beleza real, do cotidiano, que carrega um certo magnetismo próprio, mas ainda assim com certa formas voluptuosas. 

 

Talvez por isso, sem nem perceber, fui mais simpático do que o habitual. Ela, toda sorriso, recebeu a atenção com leveza. Comentei, brincando, que ela estava com sorte, pois a consulta foi marcada perto do estádio do maior time de futebol do Brasil, Palmeiras. Ela fez uma careta e disse, com humor:

 

— Credo!

 

Devolvi a provocação, cruzando os braços:

 

— Ah, é? Então não vou mais marcar nada!

 

Ela riu, e eu continuei a brincadeira:

 

— Agendei bem no horário depois do jogo…

 

Depois das instruções, despedimo-nos, mas, para minha surpresa, instantes depois ela voltou, agora acompanhada da mãe. A janela de atendimento era estreita, mal cabia uma pessoa, mas a jovem fez questão de se espremer ali, como se quisesse enxergar melhor o lado de cá — este vosso humilde atendente.

 

Fiz os agendamentos e, ao ver uma vaga para o dia 1º de abril, não resisti:

 

— Olha, tenho um horário para o dia primeiro de abril… Mas não é mentira, não, viu?

 

Ela explodiu em uma gargalhada tão espontânea, tão sonora, que preencheu o ambiente com um prazer quase orgástico — um riso que foi além da piada, além da situação. Foi um riso genuíno, desproporcional à piada boba que fiz, mas que me atingiu de um jeito singular. Aquele instante foi mais gratificante do que se tivesse sido eu a fazê-la gozar.

 

Muito embora, pela aparência dela…

 

Mas enfim, lá se foram as duas, agradecidas, deixando-me com a sensação de missão cumprida. Porque, além de servir à saúde e à prefeitura, às vezes minha função também é essa: proporcionar risadas orgásticas ao público. Mas, claro, isso vai depender da sua beleza… e do meu estado de espírito.

 

A crônica ficou grande? Ainda têm paciência para que eu divulgue a parte dois do meu texto Porto de Momentos Bons? Já que estamos falando de humor… aqui vai:

 

Oiê, meus lindos tão lindos. Sabatinando o meu post anterior, vocês viram que eu fui dá um rolê em uma das matinês mais ~~hots~~ da capital paulistana, o Porto Alcobaça.

E como vocês já devem imaginar, eu me fudi.

 

Continuem lendo essa porra aê!

******

 

Inside of Porto. Logo depois de adentrarmos o recinto, por um instante, eu achei que eu acabara de morrer e me encontrava no inferno, tamanha a putcharia que os meus olhos com glaucoma presenciavam. Garotas, muito delas que nem haviam tido a sua primeira menstruação ainda, dançavam em um ritmo freneticão ao som dos mais diversos funks proibidões das favelas cariocas; que, por conveniência, foram suavizados para atender as necessidades de um público mais teen, por isso, letras que faziam apologia ao sexo e até mesmo ao crime organizado, poderiam ser tocadas até mesmo em lares evangélicos sem nenhum constrangimento.

 

Quanto ao estabelecimento, ele se encontrava superlotado nessa data, pois como de costume, os donos do local puseram mais pessoas do que a sua capacidade de contenção permitia, logo, era quase impossível dar dois passos sem esbarrar em alguém e dar um encoxão bem apertado em uma nádegas, que por via, poderia ser tanto de uma mulher quanto de um homem, mas como as luzes eram baixas mesmo, a cara era desfrutar desse prazer momentâneo sem maiores objeções – só era meio foda quando a nádegas encoxada era sua. Mazenfim…- .

 

O desespero deste que vos fala. Meus colegas, que já haviam ido bem mais de uma vez ao Porto, tinham bem mais desenvoltura para se portar nesse ambiente do que eu, apenas um novato. Logo nos primeiros instantes de balada: eles dançavam, cumprimentavam qualquer garota que ousasse cruzar o caminho deles, e se engalfinhavam com elas; enquanto eu, apenas os observa e tentava repetir os seus passos. No começo, eu até obtinha êxito, porém, quando os meus colegas começaram, o que na gíria da malandragem chama-se CATAR AS MINAS,  sem ao menos dirigirem-nas uma palavra se quer e chegando já no beijo, o bagui começou a ficar complicado para o meu lado. Eu rapaz tímido, criado à vitamina com leite com pêra, que tinha vivido boa parte da infância com a avó, quase me abato com o fato deu não possuir o menor traquejo para lhe dar com o sexo oposto daquela mesmíssima maneira. Sabendo que não iria me adiantar em nada ficar só ali parado com a minha cara de nádegas, então… Então, eu decido agir; e vou no banheiro.

 

Uma vez no banheiro, eu faço um gargarejo e me olho no espelho, mas a imagem que eu via só me desanimava ainda mais, então, quando as esperanças pareciam perdidas, eu tenho uma brilhante ideia…

Dentro do porto havia um corredorzinho alcunhado de cantinho da sacanagem. Como você já possa imaginar, a alcunha se deu por aquele ser um lugar extremamente fácil de se catar muié e tocar a putcharia geral. Fora para esse lugar que o meu pressentimento mandou eu ir. E para lá que eu fui.

 

Plish Splash Poof fez o beijo que eu lhe dei. Uma vez no lugar que a minha consciência mandara eu ir, fiquei encostado com os braços no balcão que vendia bebidas e apoiado com um dos pé na parade, só observando os meus colegas pegarem as mais diversas cocótas apenas segurando-as pelas mãos e subjugando-as pela força, lembrando em muito uma “sena” – segundo a sasha – de estrupo. Eu com medo de adotar aquele mesmo tipo de comportamento e tomar um tapaço na cara ou, até mesmo ser subjugado pela força de uma menina, fico apenas na minha esperando o momento mais propício para agir. Eis quando eu tenho a mais que excelente ideia de comprar um Red Bull, para dar aquele PLUS a MAIS na hora de abordar uma salfadenha em potencial, néam.

 

Porém, segundos, minutos, e talvez horas se passaram – sei lá tava sem relógio – sem eu dar o menor vestígio de bote. Até mesmo o meu Red Bull tinha acabado. Como eu já não tinha mais dinheiro em meus bolsos, e sabia que ter uma latinha de Red Bull poderia ser imprescindível na minha missão de trocar salivas com uma garota, me rebaixo ao extremo e faço a predreiragem de encher a latinha vazia com água, pasmem: do banheiro. Após eu  estar com a latinha devidamente enchida, volto a minha posição de acasalamento – com os braços apoiados no balcão – todo sexy, sensual, fazendo carão, e me achando o Tom Cruise em pessoa. Porém, a julgar pela expressão das garotas que me fitavam, eu tava mais parecendo o ….

 

 

 

GARY COLEMAN, VULGO ARNOLD!

 

 

No momento em que as esperanças de sair do zero a zero pareciam cada vez mais remotas, eu vi uma cena que revigorou todo o meu ânimo, mas também, não é de menos, pois…

 

Eu vi o Pio, um mulhequinho, um verme, um fedelho, duvideodó que ele já tinha ao menos pentelhos no saco, beijando calorosamente uma vadiazinha. Isso foi um chute certeiro bem no meio do meu saco. Todavia, eu percebi uma energia emanando dentro de mim, que chega eu senti que seria capaz de me transformar em supersayadin 3 se eu assim desejasse. Então, eu fiquei decidido em pegar a primeira mina que adentrasse o meu campo de visão – que não é lá muito grande, pois tenho glaucoma – , eis quando uma pobre desgraçada é mirada por mim. Ela era magra; parecia uma vara de tocar gado,  baixa, seu rosto era até, digamos, beijável, só que a garota não devia ter mais de 11 anos e, eu, tava com 14 na época. Enquanto eu ai me dirigindo LENTAMENTE até aquela pobre coitada que não imaginava a desgraça que estava preste a recair sobre a vida dela, eu senti a minha consciência altercando dentro de mim:

 

– Você, não pode catar uma mina nova dessas. Ela não deve nem menstruar ainda – disse o lado bom da minha consciências.

 

– Vai, lá predador. Chega arrepiando nessa guria. Mete logo a linguana na boca dela, sem mais. Não liga presse perdedor, não. Ele é virgem ainda – retrucou o lado mal da miha consciências.

 

– Isso é errado!

Repentinamente o lado mal da minha consciência deu um tiro de bazuca no lado bom, acabando com a discussão.

 

 

E quando eu me dei por mim, eu já estava cara a cara com a garota.

 

Sem maiores preâmbulos eu já fui logo dizendo, “Nássa, tu és tão linda. Eaê, rola ou não rola, gatchenhã?” Dito isso, eujá fui encaminhando a minha boca n’ boca dela.

 

Ela, foi desviando a cabeça pro lado, em um movimento categórico de migué. Então eu que estava fazendo academia na época, utilizei toda a  minha força para tentar sobrepujar a garota, quando, por fim, consegui superar as barreiras da boca dela. No início ela estava meio relutante em aceitar as tênues caricias do meu beijo, mas logo ela tava chiando tal como uma gata no cíl.

E enquanto eu beijava a pobre infeliz,  eu esperava que a qualquer momento a polícia federal saísse das janelas, dos balcões de bebidas,  por dentro da pista de dança; alguns me imobilizando, enquanto outros decretando: “ Você esta detido sobre a acusação de aliciamento de menores.”!

 

Após esse incidente eu fiquei ligeirão para abater a minhas presas futuras. E no final da balada, eu cataria mais duas garotas – o que é MUIIIIITO pouco – com um pouco menos de drama.

 

Enfim, depois de termo tocado o putcheiro geral – incluído até mesmo uma performance de Y.M.C.A – eu, e os meus amiguenhõs resolvemos zapar para OUR HOUSE . Entretanto, a viagem de volta ainda me renderia o último capítulo dessa post….

 

A ida; nostalgia, e uma pitadinha de vadiagem. Depois de apressarmos o Brunão que AINDA estava pegando aquela mesma menina do começo do post – sim, aquela mesma que ele furô os zolhos do mano Biô-, nós no enveredamos para o caminho do ponto de ônibus.

 

Andando rápido e cautelosamente sobre as ruas cujo índice de assalto n’aquela região era altíssimo, chegamos por fim ao nosso objetivo. Esperamos pelo busão por cerca de 1 hora – São Paulo é caótica mermo –

Uma vez dentro do ônibus, eu, e me arrisco a dizer que os meus amiguênhõs também, só estavam com vontade de descansar e, quiçá, dormir e ter belos sonhos todos com conotação sexual.

 

Porém, fim de balada vocês sabem, néam!? Sempre têm aqueles neguim que não se conformam em ter ficado cerca de sete horas no clube, e sentem o prazer mórbido de fazer vadiagem também na volta para casa, no ônibus.

E por um infortúnio, um grupinho desses desordeiros pegou o mesmo busão do que a gente. Eles começaram a fazer uma balburdia tão grande dentro veículo, que dá até pra fazer uma alusão com as vuvuzelas na copa do mundo: Gritavam, esperneavam, e cantavam vários fanquis provenientes das favelas cariocas.

Eu incomensuravelmente muito PUTO com isso, instigo os meus colegas para cantar músicas antigas – aquelas de comercial de antena parabólica, skas!?-, a fim de frustrarmos o grupo desordeiro rival. Segundos depois, eu começo a puxar o coro para vou de táxi, dá excelentíssima Angélica. Magina, o barulhor ensurdecedor de dez marmanjos todos pré saídos da puberdade cantando essa porra de música. Eu sei é melhor não imaginar, néam.

Vix, mas o barulho ficou pior ainda, pois em vez de o grupo-desordeiro-rival ter ficado acometido com a nossa cantoria, eles pelo um gesto de uma majestosa filhadaputice, uniram-se a nós para entoar canções do início da idade média.

 

Por fim, voltamos para casa todos nós: eu, os meus amigos, e o grupo-desordeiro-rival, tirando músicas do fundo do baú, numa setlist que continha de José rico até o maestro Tom Jobim. Só deu pena dos demais passageiros, mi mi mi ‘-‘.

 

Annnnddd assim, eu terminei mais uma das minhas totalmente excelentes, Desventuras. Xoxo.

Que a força esteja com aqueles que comentarem esse post.

FIM.

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 13/02/2025
Alterado em 13/02/2025
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