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DAVE LE DAVE
SIM, ELE MESMO
Textos

POR QUE NÃO PODEMOS NEM SER AMIGOS?

Assim como a maçã caiu sobre a cabeça de Newton e ele concebeu a ideia da física, me passou algo pela cabeça: por que não podemos nem ser amigos, afinal? Ou o que querem que sintam por mim é um egoísmo que reivindica para si tudo ou nada? Isso me leva a outra reflexão: o amor-paixão requer admiração e desejo físico, e será que me admiram? Se a admiração for apenas isso, sem desejo, é apenas um amor-gosto. Ou será que gostam de mim por talvez me acharem interessante, cool, pelo modo como valorizo a autoestima delas através dos meus elogios singulares, mas sem se interessar verdadeiramente pelos meus escritos, pelas minhas ideias, pelo meu pensamento, pelos meus gostos pessoais, ou pelo mesmo apreço que tenho pela poesia, literatura, cinema e arte em geral. Ou talvez me queiram por perto para me exibir como um bibelô (não é isso que algumas mulheres também dizem sobre como se sentem?), uma espécie de “personal intelectual” para entretê-las. Logo, nos meus textos mais densos, não há o mínimo interesse se eu não declarar explicitamente que foram dedicados ou inspirados nelas.

 

E mais uma coisa: o que eu tenho a ver com o fato de alguém não querer mais escrever e divulgar seus textos no Recanto? Se a pessoa tem amor pela escrita, pelo ensino, pela poesia, será que não podemos coexistir no mesmo espaço? Convivermos em harmonia? Sermos amigos enquanto o tempo e o destino se encarregam do resto? Eu gostaria que sim! Reativem suas contas! Publiquem seus escritos, por mais singelos que possam parecer. Eu seria leitor. Leitor assíduo. Leitor inteiro. Leitor completo. Leitor permanente! Leitor fiel. Íntegro! E o mais irônico e contraditório é que já me perguntei: se a pessoa, cujas siglas disformes habitam meus pensamentos, impusesse a condição de excluir minha conta no Recanto para ficar com ela, eu não pensaria duas vezes em fazê-lo. Mas fica a pergunta: por que não podemos ser amigos?

 

Leiam meus escritos também, me visitem, deixem comentários. Eu mesmo releio o que escrevo para rememorar ideias que, às vezes, esqueço. O conteúdo é condensado e pode te deixar mais sabido. A linguagem é acessível. É bom falar de amor, mas cuidar de si e exercitar a mente faz bem. Eu não quero transformar esta página em um episódio de Gossip Girl ou qualquer série teen, apesar de eu ser um Chuck Bass da elegância, sem a beleza e o dinheiro dele. Mas me deem essa chance. Eu só aceito a condição de amar a minha melhor amiga!

 

Eu queria ter a chance de fazer sexo por amor, não apenas por prazer físico. Ver estampada no rosto da pessoa que se ama — minha melhor amiga — a expressão de prazer, o tesão evidente em cada detalhe, talvez acentuado por uma leve mordida no lábio inferior, enquanto os lençóis, umedecidos pelos fluidos de nossos corpos, testemunhas de nosso amor. E, quem sabe, até alguns vizinhos, caso moremos em um apartamento, reclamem do barulho dos gemidos. Se reclamarem, que se mudem!

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 25/01/2025
Alterado em 25/01/2025
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