Há dias em que o peso do passado tenta me convencer de que o futuro é apenas uma miragem. Mas, em meio às sombras, sempre surge uma faísca: a vontade de ser mais, de fazer diferente, de transformar a paisagem ao meu redor.
Eu não sou perfeito, longe disso. Trago cicatrizes que não consigo esconder, histórias que muitas vezes preferiria esquecer. Mas, com o tempo, percebi que essas marcas não definem quem sou — elas apenas lembram o caminho que percorri.
Quando fecho os olhos e penso no futuro, vejo um lugar onde as correntes do passado já não me prendem. Um lugar onde as diferenças sociais, as barreiras que a vida impôs, se tornam insignificantes diante da força da vontade humana. Vejo uma casa cheia de livros - uma criança correndo por ela, quem sabe - um trabalho que faça sentido, um cotidiano simples, mas honesto.
Sonho com a leveza de acordar e sentir orgulho de mim mesmo. Sonho com mãos que seguram as minhas, não por piedade, mas por escolha. Sonho com uma vida onde o amor não seja apenas um sentimento idealizado, mas algo que construo, tijolo por tijolo, com cuidado e dedicação.
Olhando para frente, entendo que a mudança começa agora, em cada pequena decisão. Não sei exatamente como será esse amanhã que desenho na cabeça, mas tenho certeza de uma coisa: vou buscá-lo, por mim, pelo que acredito, e, quem sabe, por alguém que enxergue em mim mais do que minhas falhas.
O futuro que quero não é perfeito, mas é real. E é para lá que estou indo, um passo de cada vez. Você quer me encontrar por lá?