Quem conhece meu perfil no Recanto das Letras sabe como eu valorizo a cultura. Sem falsa modéstia e tampouco pedantismo, aqui se encontram resenhas de filmes de arte, diversos artigos culturais que versam desde filosofia até cinema, música, política, cultura pop e literatura, e a tentativa de elaborar meus próprios pensamentos, além de poemas, contos e textos literários que aprecio.
Não procuro a cultura como algo para me envaidecer, mas como uma necessidade de sobrevivência. Procuramos a arte porque a vida não basta, disse o poeta. A arte, a literatura, a poesia, a música, o cinema e a filosofia são indissociáveis da minha personalidade. São o que gosto, é o que me dá contentamento no sentido espinosiano do termo — a alegria no corpo inteiro. É o que me faz bem, meu passatempo, meu modo de vida. A cultura é o que nos torna seres humanos, as outras espécies são incapazes de adquiri-la.
Me frustra um pouco que alguns artigos mais culturais que escrevo, que demandam um pouco mais de elocubração e esforço para serem lidos, não alcancem tantas leituras. Mas, no fim, este meu perfil existe apenas por um objetivo: me conduzir para mais perto da pessoa que amo, entretê-la, alegrá-la. Então, a única leitura que faço questão é a dela. E, quando meu número de leituras gerais aumenta, eu me alegro simplesmente pela perspectiva de que pode ser ela, embora eu possa estar enganado também. Mas o efeito de dopamina que isso gera no meu cérebro é o mesmo.
Tudo, nesta humilde página, dave le dave, é dedicado, pensado e inspirado primeiramente para ela. Os outros leitores que atingem, tanto melhor. Mas se a cultura não servir para me aproximar da pessoa que amo, me fazer sentir mais perto dela, e fazer com que ela me conheça através dos meus gostos e opiniões, de nada me adianta. E, apesar de amá-la, eu nego toda a cultura e digo que ela é inútil se não servir nem para conquistar quem amamos.